A tensão entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2024, José Luiz datena (PSDB) e pablo marçal (PRTB), atingiu um clímax explosivo na noite deste domingo, 15, durante um acalorado debate exibido pela TV Cultura. A situação se deteriorou rapidamente e, no final do quarto bloco, datena passou dos limites ao agredir marçal com uma cadeira, um ato que escandalizou tanto o público quanto os espectadores em casa.
Após a agressão, datena foi imediatamente retirado do debate, enquanto marçal, reclamando de dores, precisou ser levado a um hospital para avaliação. Ao ser questionado sobre seu ato de agressão, o tucano se mostrou ciente do erro, mas desdenhou da situação ao afirmar que não se sentia arrependido pela ação hostil: “Claro que não!”, disse, enfatizando sua posição.
Em um desdobramento interessante, datena revelou que havia recebido mensagens de desculpas de marçal na sexta-feira, 13. Ele compartilhou com jornalistas que o ex-coach se mostrou arrependido pelas ofensas trocadas entre os dois, alegando que estavam se comportando de maneira pouco civilizada, como “animais expostos em um zoológico”. Essa descrição do clima tenso apimenta ainda mais a narrativa já conturbada da corrida eleitoral.
Esse incidente de agressão não surgiu do nada. O clima hostil vinha se intensificando ao longo da campanha, especialmente desde o início de setembro, quando durante um debate na Gazeta, datena afirmou que marçal havia tentado combiná-lo em um ataque conjunto contra os concorrentes. “Esse sujeito me ligou um dia antes do debate da Band”, afirmou datena, revelando que marçal propôs um esforço conjunto para atacar candidatos como Ricardo Nunes, atual prefeito que busca a reeleição pelo MDB, e Guilherme Boulos, do PSOL.
A partir desse momento, a relação entre os dois candidatos azedou consideravelmente. datena não hesitou em disparar ofensas contra marçal, desafiando-o e rebatendo suas acusações. “Naquela época, eu não sabia que você era um vagabundo sem vergonha, um ladrão condenado. Se eu soubesse, nem teria atendido suas ligações”, provocou datena, enganando sua audiência com uma retórica agressiva. Ele continuou a criticar o ex-coach, chamando-o de “mentiroso contumaz” e um risco à democracia.
Durante o debate na TV Cultura, as provocações continuaram. datena, em um momento de pura provocação, se negou a fazer uma pergunta a marçal, argumentando que este não merecia sua atenção. Em resposta, marçal levantou uma questão delicada sobre as acusações de assédio sexual feitas contra datena em 2019, relembrando um episódio que impactou a carreira do apresentador. marçal lembrou que a denúncia foi posteriormente arquivada, mas utilizou o passado do rival como uma arma retórica.
datena, defensivo, rebateu as acusações com um discurso vehemente, ressaltando que a dificuldade que enfrentou foi intensa. “Ser acusado de um crime desses é terrível”, disse, enquanto continuava a atacar marçal, rotulando-o de ladrão. O nível de agressividade crescente entre os dois candidatos tornou o debate um campo de batalha verbal, que culminou em hostilidade física no quarto bloco.
A agressão aconteceu quando pablo marçal, em um ataque verbal, questionou datena sobre quando ele cessaria o que chamou de “palhaçada” em sua candidatura, insinuando a falta de seriedade do tucano. Em um momento desesperado para salvar sua imagem, o apresentador disparou ofensas direcionadas a marçal, chamando-o de “bandido”.
O clímax da tensão foi acelerado por palavras provocativas de marçal, que insinuou que datena não teria coragem de atacá-lo, apenas para que o apresentador, já alterado, partisse para a agressão física com a cadeira. O moderador do debate, Leão Serva, precisou interromper a transmissão e anunciou a expulsão de datena do evento, uma decisão que demonstra o quebra de normas estabelecidas para um debate democrático e civilizado. Enquanto isso, marçal foi forçado a deixar a discussão para receber cuidados médicos, marcando um triste episódio na história da política paulistana.
Esse incidente serve como um indicador do clima hostil da política atual em São Paulo, refletindo a polarização e a desconfiança que permeiam as campanhas eleitorais. Em uma seara onde as emoções afloram, a importância de um debate respeitoso se torna cada vez mais crucial.