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    Agronegócio

    Recuperação Judicial e Crédito no Agronegócio: Um Desafio Crucial para o Futuro

    22/12/2025
    Recuperação Judicial e Crédito no Agronegócio: Um Desafio Crucial para o Futuro

    Um Cenário Desafiador para o Agronegócio

    O agronegócio brasileiro, fundamental para a estabilidade econômica do país, se encontra em um momento decisivo que pode redefinir a dinâmica entre produção e crédito. Dados recentes da Serasa Experian revelam um aumento de 147% nos pedidos de Recuperação Judicial (RJ) no setor durante o terceiro trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Foram registrados 628 pedidos, o maior volume desde 2021, com Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais representando quase 60% das solicitações, embora a problemática se espalhe por diversas regiões do país.

    O que está em jogo não é uma simples flutuação sazonal, conforme argumenta Carlos Cogo, que vê essa situação como um reposicionamento natural do mercado. Para ele, os dados indicam um ajuste de ciclo pelo qual o agronegócio está passando.

    Desafios do Cenário Atual

    Após um período de crescimento impulsionado por crédito abundante, agora os agentes do agronegócio enfrentam um cenário de juros mais altos, margens de lucro comprimidas em culturas essenciais e uma seleção de crédito mais rigorosa. Esse panorama é agravado por uma combinação de alavancagem excessiva e a erosão das margens de lucro.

    Nos últimos anos, muitos produtores se utilizaram de crédito farto para expandir suas operações e renovar maquinário, apoiados em cotações de commodities que hoje parecem distantes. Com a queda nos preços, a volatilidade climática e uma Selic que permanece em níveis elevados, o fluxo de caixa se tornou insuficiente para cumprir com as obrigações financeiras.

    Apesar disso, muitos profissionais do setor observam que, embora as margens estejam apertadas, muitos produtores estão conseguindo honrar seus compromissos financeiros. Um dado revelador é o perfil da inadimplência: ela não é generalizada. Os maiores índices de atraso, de 10,5% entre arrendatários e 9,2% entre grandes produtores, contrastam com taxas inferiores à média entre pequenos e médios produtores.

    A Recuperação Judicial como Estratégia

    No atual contexto, a Recuperação Judicial, que antes era vista como um recurso extremo, se transformou em uma estratégia de planejamento financeiro. Agora, muitos produtores, estimulados por consultorias, utilizam a RJ como uma ferramenta de gestão, não apenas como um recurso de emergência, mas como um meio de renegociar dívidas e alongar prazos financeiros.

    Esse movimento, no entanto, gera uma consequência negativa para o mercado de capitais, especialmente para os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagros). Esses fundos, que são cruciais para a liquidez do setor, operam com base na previsibilidade. Quando decisões judiciais suspendem pagamentos ou desconsideram garantias, o alarme é acionado, resultando na fuga de investidores e na retração do crédito, o que acaba onerando os produtores que cumprem com suas obrigações.

    Desafios na Governança e na Gestão Financeira

    Manoel Pereira de Queiroz, do Mapa Capital, aponta que, no médio e longo prazo, a RJ tende a ser prejudicial para os que se recuperam. Ele ressalta que, em situações de estresse, os credores estão geralmente dispostos a negociar, desde que a abordagem seja ordenada e baseada em análises financeiras consistentes.

    Um dos problemas centrais está na lacuna de governança do agronegócio. Apesar de o Brasil ser um líder mundial em produtividade “dentro da porteira”, a gestão “fora da porteira” ainda deixa a desejar. Muitos produtores trabalham com estruturas contábeis frágeis e carecem de mecanismos de hedge, o que se traduz em uma gestão financeira amadora.

    A Necessidade de Profissionalização

    A profissionalização é, portanto, uma questão de sobrevivência. O mercado de crédito moderno não aceita mais a falta de transparência; a exigência é por balanços auditados e previsibilidade. A judicialização excessiva prejudica a credibilidade do produtor, resultando em um afastamento das instituições financeiras e fornecedores de insumos, o que pode levar a um isolamento comercial de longo prazo.

    O Debate sobre Segurança Jurídica

    O debate acerca da segurança jurídica é urgente. O uso abusivo da RJ para proteger patrimônios e suspender garantias fiduciárias estabelece um precedente perigoso. Se o Judiciário falha em salvaguardar os direitos dos credores, o sistema de financiamento privado corre o risco de colapsar. O crédito, que deveria ser um motor de crescimento, transforma-se em um entrave burocrático e oneroso.

    Um Apelo à Responsabilidade Coletiva

    É crucial resgatar o propósito original da Lei 11.101/2005, que visa preservar empresas saudáveis que enfrentam dificuldades temporárias, ao invés de recompensar comportamentos de inadimplemento estratégico. O momento exige um pacto de responsabilidade: credores precisam estar dispostos a negociar extrajudicialmente com base em planos de recuperação claros e viáveis, enquanto os produtores devem tratar a reestruturação financeira com seriedade, evitando que a situação se agrave a ponto de requerer intervenção judiciária.

    Somente por meio de boa governança e respeito aos contratos o agronegócio brasileiro conseguirá superar este período de estresse financeiro. Caso contrário, o custo da desconfiança será um peso muito maior do que qualquer perda de safra. O futuro do maior celeiro do mundo dependerá não só da cotação das commodities, mas da integridade de suas relações financeiras.

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