O Furto e a Prisão

A câmera de segurança de uma joalheria flagrou Thallyta Silva Almeida, de 29 anos, utilizando um cartão de crédito furtado para realizar compras que ultrapassaram R$ 200 em joias, na quarta-feira (30 de julho). O incidente ocorreu em um shopping localizado em Santa Maria, no Distrito Federal.

A ex-professora temporária da rede pública foi detida por uma equipe do 26º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Durante a abordagem, os policiais encontraram em seu veículo dois cartões de crédito adicionais que também eram furtados, além da nota fiscal das joias adquiridas. Uma das vítimas relatou um prejuízo de aproximadamente R$ 2 mil.

Após a prisão, Thallyta foi levada à 20ª Delegacia de Polícia (Gama), onde a ocorrência foi registrada. Em sua residência, os investigadores localizaram mais três cartões de crédito que haviam sido roubados.

Um Histórico de Fraudes

No dia anterior à sua prisão, a mulher teria subtraído cartões de alunos e funcionários de uma academia da rede Smart Fit, localizada na Asa Sul. Informações levantadas pela reportagem indicam que na semana anterior, Thallyta havia realizado furtos semelhantes em uma outra academia, a Evolve, também em Santa Maria.

Vale lembrar que, em 26 de junho, Thallyta já havia sido detida em flagrante por furto mediante fraude. Também é alvo de investigações por ter fotografado cartões de crédito de colegas na Escola Classe (EC) 308 Sul, utilizando as informações obtidas para realizar compras online.

O Modo de Operação

Durante a apreensão, os policiais encontraram com Thallyta um iPhone 13, uma garrafa térmica e uma bolsa de academia. Os investigadores descobriram que a professora se aproveitava da desatenção das vítimas para retirar cartões de suas bolsas e fotografá-los. Com as informações bancárias, ela realizava compras pela internet.

No ano passado, Thallyta foi acusada de crimes semelhantes contra quatro vítimas, adquirindo produtos em lojas da Asa Norte e em diversos sites. As vítimas perceberam que seus cartões haviam sido usados em compras em estabelecimentos como Live, Under Armour e Amor de Peça. Posteriormente, elas notaram que a então estagiária exibiu em suas redes sociais roupas adquiridas com as fraudes.

Denúncia e Novas Prisões

Com os endereços de entrega das mercadorias em mãos, os investigadores descobriram que tudo havia sido enviado para Santa Maria, onde Thallyta residia. Confirmada a autoria dos crimes, as vítimas foram orientadas a informar à polícia sobre qualquer nova tentativa de compra ilícita, para que a autora pudesse ser presa em flagrante.

Quando uma das vítimas identificou uma tentativa de compra em um site, no valor de R$ 946,14, imediatamente denunciou o caso à polícia. Thallyta foi novamente presa e levada à 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), onde acabou confessando seus crimes. Durante a busca em seu celular, os investigadores localizaram fotos dos cartões de crédito das vítimas.

Na residência da educadora, as autoridades encontraram as roupas compradas, que foram devolvidas para as respectivas lojas. Thallyta foi então detida por tentativa de estelionato, mas foi liberada após pagar uma fiança de R$ 1.412.

A Vida Dupla da Professora

Thallyta se apresentava como uma “dublê de rica”, tentando mostrar uma condição financeira superior à real. Nas redes sociais, afirmava ser historiadora e pedagoga da Universidade de Brasília (UnB), compartilhando imagens de viagens internacionais e uma rotina de treinos, utilizando roupas adquiridas por meio de fraudes.

Em 2024, a educadora foi presa novamente por policiais da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro) pelo mesmo crime, enquanto atuava em órgãos do governo federal.

O caso segue em investigação, e as autoridades alertam as vítimas para que fiquem atentas a qualquer atividade suspeita relacionada aos seus cartões de crédito.

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