A Luta pela Conscientização da Epilepsia

Na última terça-feira, 9 de setembro, Henrique Fogaça, conhecido chef e jurado de reality shows, compartilhou uma mensagem tocante em suas redes sociais, onde posou ao lado de sua filha, Olívia, de 18 anos. Fogaça aproveitou a data para falar sobre o “preconceito e desinformação” que cercam a epilepsia, uma condição de saúde que sua filha enfrenta. “Hoje, 09/09, é o Dia Latino-Americano de Conscientização sobre a Epilepsia 💜. Eu vivo essa realidade de perto com a minha filha Olívia, que tem epilepsia resistente a medicamentos. Nos últimos anos, as crises reduziram,” revelou ele, mencionando o tratamento que tem proporcionado melhor qualidade de vida à jovem.

Em seu desabafo, Fogaça destacou a necessidade de dar visibilidade ao tema: “A epilepsia ainda enfrenta muito preconceito e desinformação. Por isso, hoje é dia de dar visibilidade, apoiar famílias e mostrar que ninguém está sozinho nessa caminhada.” Com suas palavras, o chef busca encorajar outras famílias a enfrentarem o estigma associado à condição.

Definindo a Epilepsia e Seus Efeitos

A epilepsia não deve ser confundida com doenças mentais. Essa condição é caracterizada por crises epilépticas que ocorrem quando um grupo de neurônios no cérebro emite descargas elétricas de forma desordenada. O tipo mais comum de crise, geralmente reconhecido pela população, é a convulsiva, onde a ativação dos neurônios responsáveis pelo controle muscular resulta em movimentos involuntários.

Guilherme Torezani, coordenador de doenças cerebrovasculares do Hospital Icaraí e do Hospital e Clínica de São Gonçalo, explica: “Essa descarga elétrica pode ficar focada em um grupo de neurônios ou se espalhar além desse circuito doente, causando diferentes sintomas.” Ele enfatiza que, apesar do preconceito que ainda permeia, as pessoas com epilepsia podem levar uma vida normal se seguirem o tratamento adequado, que geralmente envolve medicação contínua prescrita por neurologistas.

Identificando Sintomas e Buscando Ajuda

Os sintomas da epilepsia variam conforme a região do cérebro afetada. Em alguns casos, o paciente pode perder a consciência durante a crise; em outros, poderá permanecer consciente, mas apresentar sintomas como confusão e lentidão de pensamento após o episódio. “Se os sintomas se repetem, é crucial observar e procurar um neurologista para investigação. As crises podem ser frequentes e seguir um mesmo padrão, mas sua duração varia,” orienta Torezani.

Entre os sintomas comuns da epilepsia, estão as crises focais e motoras, que podem se manifestar por meio de movimentos involuntários de um braço ou perna, ou até espasmos em um lado do rosto. Além disso, há as crises discognitivas, nas quais a pessoa parece “aérea” por um intervalo. Uma abordagem precoce e o tratamento apropriado são fundamentais para garantir que os pacientes possam ter uma vida plena.

Fogaça, ao compartilhar sua experiência, não apenas ilumina o caminho para a compreensão da condição, mas também serve como um lembrete poderoso de que a educação e a empatia são essenciais na luta contra o preconceito. Com mais pessoas dispostas a falar abertamente sobre a epilepsia, é possível criar um ambiente mais acolhedor e minimizar a desinformação que ainda persiste.

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