**Polícia Federal Intensifica Investigação de Crimes Ambientais no Brasil com Mais de 5.500 Inquéritos Abertos**
A Polícia Federal (PF) tem empreendido esforços significativos para combater crimes ambientais no Brasil, com um total impressionante de 5.589 inquéritos policiais abertos desde o início do ano passado. Dos inquéritos em andamento, 32 estão diretamente associados a incêndios ocorridos nos biomas da Amazônia e do Pantanal, assim como no Estado de São Paulo, durante os anos de 2023 e 2024. Esse enfoque da PF demonstra a seriedade com que as autoridades estão tratando a devastação ambiental, que ameaça a biodiversidade e a segurança do ecossistema brasileiro.
Em comunicado oficial, a corporação ressaltou o aumento nas ações voltadas para a preservação ambiental e o combate a incêndios florestais que vêm causando danos sérios a importantes biomas do país, como a Amazônia, o Pantanal e outras áreas críticas. Os dados apontam para uma mobilização sem precedentes da Polícia Federal, que confirma que esses 5.589 inquéritos estão sendo diligentemente conduzidos por agentes especializados.
Com uma atuação coordenada com o Governo Federal e as forças de segurança estaduais, a PF age dentro das competências estabelecidas, utilizando tecnologias modernas, como imagens de satélite, para monitorar pontos críticos de incêndio e investigar suas causas. Esse uso inovador de tecnologias avançadas é fundamental para o sucesso das investigações, pois permite a coleta de evidências sólidas e bem fundamentadas. A PF também está enviando peritos ambientais para os locais atingidos, para um levantamento técnico detalhado da situação.
Uma das principais metas das investigações é identificar não apenas os autores diretos dos crimes, mas também os possíveis mandantes que podem estar por trás das queimadas. Ao correlacionar esses crimes ambientais com outros delitos, a PF busca garantir que todos os envolvidos sejam responsabilizados adequadamente, contribuindo para a preservação dos ecossistemas brasileiros. Para tanto, a instituição criou grupos especializados de investigação focados nos estados mais afetados, considerando que alguns deles sofreram impactos diretos em suas operações aeroportuárias devido ao aumento dos incêndios.
Além de focar no combate a incêndios, a Polícia Federal está ampliando sua expertise em perícias ambientais. Essas perícias vão além da análise do dano imediato causado pelos incêndios; elas também avaliam os custos de recuperação das áreas afetadas e os serviços ecossistêmicos que são prejudicados pela devastação ambiental. Com isso, a PF busca oferecer um panorama abrangente do impacto das ações criminosas ao meio ambiente, facilitando uma resposta mais efetiva.
Para intensificar suas ações, a PF estabeleceu a nova Diretoria Amazônia e Meio Ambiente, uma estrutura dedicada a reforçar as operações no combate aos crimes que ameaçam essas regiões. Essa diretoria terá um papel fundamental na implementação das estratégias de segurança ambiental, alinhadas com o Plano Amas: Amazônia, Segurança e Soberania. Este plano visa não apenas fortalecer a segurança pública na Amazônia Legal, mas também criar condições para um planejamento mais eficaz no combate ao desmatamento e outras atividades ilícitas.
Um dos pilares do Plano Amas é a criação do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI-Amazônia), que será gerido pela PF. Esse centro reunirá oficiais de ligação de diferentes países, além de representantes das secretarias de segurança pública dos nove estados que compõem a Amazônia Legal, e de órgãos federais relevantes. Essa colaboração internacional é essencial para a implementação de estratégias que visem a erradicação do desmatamento ilegal e o fortalecimento da segurança nas regiões mais afetadas.
O novo Sistema de Segurança Pública da Amazônia será guiado pelo Programa Estratégico de Segurança Pública da Amazônia (Pespam) e pelos Planos Táticos Integrados de Segurança Pública da Amazônia (PTIs Amazônia). Esses documentos foram elaborados em conjunto pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e os governos estaduais da região, demonstrando um compromisso coletivo em preservar os ecossistemas e garantir a sustentabilidade ambiental.
Assim, a mobilização da Polícia Federal em relação aos crimes ambientais reforça a importância da colaboração interinstitucional e da utilização de tecnologias de ponta para enfrentar um dos maiores desafios ambientais do Brasil. A PF continua a liderar a luta contra a devastação ambiental, buscando não apenas a punição dos crimes, mas também a proteção e recuperação dos recursos naturais do país.