Estabilidade nas Avaliações do Governo Lula
A mais recente pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo em 2 de agosto de 2025, indica que 29% dos brasileiros avaliam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ótimo ou bom. Em contrapartida, 40% dos entrevistados consideram a gestão ruim ou péssima, enquanto 29% a classificam como regular. Um pequeno 1% não soube opinar sobre a questão.
O levantamento foi conduzido por meio de entrevistas presenciais nos dias 29 e 30 de julho, abrangendo um total de 2.004 pessoas em 130 cidades do Brasil. Com uma margem de erro de 2 pontos percentuais, os dados oferecem um retrato confiável da opinião pública.
Principais Números da Pesquisa
Os resultados da pesquisa revelam a seguinte distribuição de opiniões:
- Ótimo ou bom: 29% (um aumento em relação aos 28% registrados em junho)
- Regular: 29% (uma queda em comparação com os 31% de junho)
- Ruim ou péssimo: 40% (mantendo-se estável em relação ao levantamento anterior)
- Não sabem ou não responderam: 1%
A manutenção desses índices sugere que o governo de Lula mantém uma avaliação estável, mesmo diante de desafios políticos e econômicos recentes, como o aumento das tarifas internacionais imposto pela administração dos Estados Unidos.
aprovação e Desaprovação do Trabalho do Presidente Lula
Além da avaliação geral do governo, o Datafolha também apurou a aprovação do presidente como gestor. Os números apontam que 46% dos entrevistados aprovam seu trabalho, enquanto 50% manifestam desaprovação. Somente 3% dos entrevistados não souberam opinar.
- Aprovações: 46% (mesmo índice da pesquisa de junho)
- Desaprovações: 50% (sem mudanças em relação ao levantamento anterior)
- Não sabem: 3%
Essa estabilidade reflete um cenário polarizado, onde o governo mantém um núcleo de apoio, mas enfrenta uma resistência significativa de uma parte considerável da população.
Comparação com Avaliações de Outros Presidentes
O instituto também fez um comparativo com as avaliações do presidente Lula em mandatos anteriores e de outros presidentes brasileiros. Considerando o mesmo momento do mandato (dois anos e oito meses), a aprovação atual de Lula (29%) supera a do ex-presidente Jair Bolsonaro (24%), mas é inferior aos índices mais altos que já teve em outros momentos de sua carreira política.
Avaliação Ótima/Bom em Mandatos Comparados
- Lula 3 (2025): 29%
- Bolsonaro (2021): 24%
- Michel Temer (2018): 4%
- Dilma Rousseff (2013): 36%
- Lula 2 (2009): 69%
- Lula 1 (2005): 35%
- FHC 2 (2001): 19%
- FHC 1 (1997): 39%
- Itamar Franco (1994): 41%
- Fernando Collor (1992): 9%
- José Sarney (1997): 11%
Avaliação Regular e Ruim/Péssimo Também Comparadas
Para a avaliação regular, Lula 3 registra 29%, enquanto Bolsonaro tinha 24%. Em contrapartida, na avaliação de ruim/péssimo, Lula 3 tem 40% e Bolsonaro 51%, com Michel Temer alcançando 73%. Esses dados ressaltam a complexidade da percepção pública e a variação histórica na aprovação dos presidentes.
Metodologia da Pesquisa Datafolha
A pesquisa foi realizada de forma presencial, com a coleta de dados em 130 cidades brasileiras. As entrevistas, feitas entre os dias 29 e 30 de julho de 2025, apresentaram uma margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, o que confere alta confiabilidade ao levantamento.
Um dos aspectos destacados pela pesquisa é a estabilidade da avaliação do governo Lula, mesmo em um contexto de dificuldades externas, como as tarifas impostas pelos Estados Unidos, que podem impactar a economia nacional.
Contexto Político e Econômico
O cenário político brasileiro continua polarizado, com o governo Lula recebendo avaliações estáveis, mas dividindo a opinião pública quase igualmente entre aprovação e reprovação.
O governo encontra-se sob pressão externa, como o aumento das tarifas dos EUA, representando desafios econômicos. Especialistas apontam que, apesar de tudo, o presidente mantém um núcleo de apoio consistente.
A estabilidade nas avaliações sugere que a população permanece dividida em relação ao futuro do país, o que indica que os próximos meses serão cruciais para o governo consolidar sua base e apresentar resultados que possam modificar essa percepção.