Na madrugada de quinta-feira, 19 de junho, um ataque aéreo realizado pelo Irã atingiu o Soroka Medical Center, que é o maior hospital do sul de israel, localizado na cidade de Bersheba. Este ataque causou danos significativos à infraestrutura do hospital, o que resultou na evacuação imediata de pacientes, profissionais de saúde e visitantes que se encontravam no local no momento da explosão. O caos gerado pela detonação foi capturado em imagens divulgadas pelas Forças de Defesa de israel (IDF), mostrando a correria e a tensão que se instalaram entre as pessoas presentes.

Conforme informações da administração do Soroka Medical Center, pelo menos 71 pessoas ficaram feridas devido ao ataque. Esse número integra um total de 129 feridos registrados em uma série de ataques que, além do hospital, atingiram outras áreas em israel, incluindo as grandes cidades de Tel Aviv e Jerusalém. A unidade hospitalar, diante da gravidade dos danos, interrompeu todos os atendimentos e transferiu os pacientes para outros centros médicos na região. A direção do hospital também emitiu um comunicado pedindo à população que evite procurar a unidade até que a situação seja normalizada.

O atual conflito entre israel e Irã se intensificou na madrugada da última sexta-feira, 13 de junho, quando as Forças de Defesa de israel iniciaram uma ofensiva contra centros ligados ao programa nuclear do Irã e a líderes militares iranianos. A resposta do governo iraniano foi rápida, com ataques de retaliação que elevaram as tensões e o risco de um conflito mais amplo na região do Oriente Médio. Até o momento, mais de 240 pessoas perderam a vida em ambos os países desde o início dessa escalada de violência, conforme dados oficiais.

israel justifica seus bombardeios com o objetivo de impedir o avanço do programa nuclear iraniano, que considera uma ameaça direta à sua segurança nacional. Essa crescente escalada de hostilidades reacendeu os temores de que a situação possa evoluir para uma guerra em larga escala, especialmente com a possibilidade de envolvimento dos Estados Unidos no conflito, em apoio a israel.

Em resposta ao ataque ao Soroka Medical Center, o ministro da Defesa de israel, israel Katz, fez um pronunciamento contundente, prometendo represálias militares ao Irã e criticando diretamente o líder supremo iraniano, Ali Khamenei. Katz afirmou categoricamente que “esse homem absolutamente não deve continuar a existir”. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também se manifestou nas redes sociais, condenando os ataques e assegurando que os “ditadores terroristas iranianos” que dispararam mísseis contra o hospital e civis pagarão um preço alto por suas ações.

Esse episódio ocorre no sétimo dia de um confronto aberto entre israel e Irã, que continuam a se atacar mutuamente de maneira direta. A escalada da tensão tem gerado especulações sobre a possibilidade de uma intervenção dos Estados Unidos no conflito, apoiando israel em sua luta contra as agressões iranianas.

Por outro lado, o comando militar iraniano alegou que o alvo da ofensiva não era o hospital, mas sim um centro de pesquisas associado ao exército israelense, localizado nas proximidades da unidade médica. Segundo as autoridades iranianas, os danos sofridos pelo hospital teriam sido causados pelas ondas de choque resultantes de um míssil balístico.

Além disso, durante a mesma madrugada em que o ataque ao Soroka ocorreu, israel bombardeou áreas no Irã, com ênfase no reator nuclear de Khondab, localizado em Arak. Embora essa instalação estivesse desativada, israel afirmou que foi construída com a intenção de produzir armas nucleares. O governo iraniano informou que a área do reator havia sido evacuada e que, felizmente, não houve registros de feridos em decorrência desse bombardeio.

A situação continua a se desdobrar, com um clima de incerteza e temor no Oriente Médio, à medida que os dois países se encontram em um ciclo de ataque e retaliação, complicando ainda mais a já delicada relação entre eles. O futuro do conflito e as consequências de tais ações permanecem incertos, aumentando a preocupação com a estabilidade da região.

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