O primeiro-ministro de israel, Benjamin netanyahu, declarou nesta segunda-feira, 16 de junho, que as forças armadas israelenses alcançaram controle aéreo sobre o Irã, concentrando-se na capital teerã. Em uma postagem nas redes sociais, netanyahu enfatizou: “A Força Aérea Israelense domina os céus de teerã. Nosso foco é alcançar alvos do regime, evitando civis. Essa é a maior diferença entre nós e o regime terrorista iraniano, que visa assassinar mulheres e crianças”. A mensagem de netanyahu foi clara e direta, transmitindo não apenas a operação militar, mas também um reconhecimento aos soldados envolvidos: “Em nome do povo de israel, saúdo a todos vocês. Vocês estão lutando pela vitória”.
Durante uma coletiva de imprensa, o general Effie Defrin, porta-voz das Forças de Defesa de israel (FDI), confirmou que o país superou o Irã em termos de domínio aéreo. Defrin afirmou: “Neste momento, podemos afirmar que atingimos total superioridade aérea sobre teerã. Estamos atacando células iranianas em tempo real, especialmente quando elas tentam lançar mísseis contra israel e suas aeronaves”. O general destacou que as capacidades aéreas já testadas e utilizadas em gaza, no Líbano e na Judeia e Samaria agora estão sendo empregadas em operações sobre o território iraniano.
O que motivou essa escalada de tensão? Em 12 de junho, as Forças de Defesa de israel desencadearam uma “ofensiva preventiva” contra o programa nuclear do Irã. Nos dias que precederam o ataque, o governo israelense havia intensificado sua retórica contra o regime do aiatolá Ali Khamenei, expressando preocupações sérias em relação ao avanço do programa nuclear iraniano, que tem inquietado a comunidade internacional nos últimos anos. A perspectiva de um Irã nuclear é percepcionada por israel, uma potência nuclear, como uma grave ameaça à sua segurança. As relações entre os dois países, já marcadas por rivalidade histórica, tornaram-se ainda mais tensas, contribuindo para uma crescente instabilidade na região do Oriente Médio.
Na coletiva, Defrin revelou que as FDI estão no meio da operação denominada “Leão Ascendente”, que já está em seu quarto dia. “As FDI estão seguindo o plano operacional para combater a ameaça iraniana, conduzindo uma série de ataques em diferentes locais do Irã. Em resposta a nossos ataques contundentes, o regime iraniano começou a retaliar”, explicou ele. A resposta do Irã inclui o lançamento de rajadas de mísseis, que têm um alto impacto, como anunciado na noite anterior.
O porta-voz também detalhou que israel conseguiu frustrar muitos desses ataques: “Na última noite, dois conjuntos de mísseis foram disparados contra nosso território. Em total, 65 mísseis e diversas aeronaves não tripuladas foram utilizados, sendo que a maioria foi interceptada por nossos sofisticados sistemas de defesa aérea e naval”. Infelizmente, durante este conflito, quatro regiões no norte e no centro de israel foram alvo de impactos. Devemos lamentar que oito civis perderam a vida e dezenas ficaram feridos como resultado dessa intensa troca de fogo. “Essa situação ilustra a verdadeira face do regime terrorista iraniano, que, enquanto nós atacamos suas capacidades militares e nucleares que têm o objetivo de devastar o Estado de israel, recorre a ataques indiscriminados contra civis”, completou Defrin.
Conforme elucidado pelo general, a fundamentação para o lançamento desta operação é respondida pela necessidade de eliminar uma “ameaça existencial ao Estado de israel — uma ameaça nuclear e de mísseis”. O equilíbrio de poder na região está em jogo, e as ações israelenses são vistas como um esforço para garantir a segurança e a soberania de israel em um cenário de crescente hostilidade. A situação se desdobra continuamente, com repercussões que podem impactar não apenas israel, mas todo o Oriente Médio, sublinhando a complexidade e a gravidade da crise.