O governador Ibaneis Rocha ressaltou a importância da bancada federal na captação de recursos destinados à criação de estruturas de acolhimento para mulheres em situação de vulnerabilidade. Ele informou que uma proporção significativa dos investimentos para as novas unidades de acolhimento provém de emendas parlamentares, complementadas com o orçamento do Governo do Distrito Federal (GDF). Essa colaboração é cruciale para a implementação de políticas de proteção efetivas para as mulheres, ou seja, recursos bem direcionados são fundamentais para construir um suporte sólido que acolha aquelas que enfrentam circunstâncias adversas.
Entre as novas iniciativas destacadas, o passe livre se apresenta como uma solução inovadora, reforçando a conexão entre os serviços disponíveis e ampliando a autonomia das mulheres que se encontram em situações de violência. “Decidi que todas as mulheres que estão sob medidas protetivas e que necessitam de acolhimento através da Secretaria da mulher ou das Casas da mulher Brasileira terão direito ao passe livre no transporte público do Distrito Federal”, afirmou Ibaneis. “Essa iniciativa assegura que elas possam usufruir dos serviços em momentos críticos, fundamentais para a reconstrução de suas vidas.” O passe livre no transporte público é uma medida que promete não apenas o direito à mobilidade, mas também a garantia de acesso aos serviços essenciais para aquelas que estão recomeçando.
O anúncio dessa significante medida ocorreu durante a inauguração do Centro de Referência da mulher Brasileira, que aconteceu no Recanto das Emas. A intenção é facilitar o deslocamento dessas mulheres em busca de apoio através dos serviços da Secretaria da mulher e dos centros de acolhimento, especialmente em momentos de fragilidade emocional e social. “Estamos comprometidos em não deixar nenhuma obra parada. Sempre que os recursos federais são insuficientes, optamos por investir do nosso próprio orçamento, conscientes da relevância desses espaços de apoio e acolhimento para mulheres em necessidade”, enfatizou o governador, agradecendo o suporte contínuo de senadores e deputados em sua gestão. Ele ainda ressaltou a meta de estabelecer uma Casa da mulher Brasileira em cada uma das 35 regiões administrativas do Distrito Federal, apontando que áreas como Sol Nascente e Ceilândia ainda enfrentam altos índices de violência. “É crucial que estejamos mais próximos delas”, destacou.
O projeto das casas atualmente adota um modelo descentralizado e acessível, que visa estar mais próximo de onde as mulheres residem. “A proposta é crear unidades acessíveis, onde o acolhimento possa ser feito no momento em que elas realmente precisam, oferecendo acesso a psicólogos, orientação jurídica e benefícios como aluguel social, além de encaminhamentos para o mercado de trabalho”, explicou Ibaneis. Essa aproximação é um passo essencial para garantir que cada mulher tenha o suporte necessário para reconstruir suas vidas em um ambiente seguro.
A vice-governadora Celina Leão também comentou sobre a importância dessa medida, enfatizando que ela é vital para assegurar que os direitos das mulheres sejam exercidos plenamente. “A determinação do governador Ibaneis Rocha é crucial para garantir que as mulheres tenham acesso aos serviços públicos que são essenciais, especialmente em momentos de dor e vulnerabilidade. Este é mais um passo significativo para proteger nossas mulheres, que precisam do apoio do governo para superar ciclos de violência”, disse Celina. Esse discurso reflete a vontade do governo de criar uma rede de proteção robusta que não apenas acolhe, mas efetivamente oferece as ferramentas necessárias para a autoafirmação e recuperação das mulheres atendidas.
Zeno Gonçalves, secretário de Transporte e Mobilidade, reforçou que essa política de passe livre é fundamental para o acesso a serviços essenciais. “Trata-se de uma medida importante que beneficia as mulheres vítimas de violência doméstica, proporcionando acesso ao transporte público coletivo, como ônibus e metrô, facilitando o deslocamento para atendimento em saúde, segurança e assistência social”, declarou.
A secretária da mulher, Giselle Ferreira, complementou ao dizer que esta iniciativa garantirá acesso contínuo aos tratamentos oferecidos nas unidades do Distrito Federal. “O atendimento psicossocial não se resume a uma única visita, mas sim a um processo que se desenrola ao longo de semanas. Muitas mulheres relataram dificuldades financeiras para custear o transporte, o que prejudicava seu seguimento nos atendimentos que requerem no mínimo 12 encontros. Essa nova medida surge como uma solução para esse obstáculo, permitindo que elas permaneçam em tratamento e que tenham a chance de reconstruir suas vidas”, concluiu Giselle, evidenciando o impacto positivo que essa política pública poderá ter na vida das mulheres em situação de vulnerabilidade.