A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta global significativo referente à doença mpox, também conhecida como monkeypox, que se tornou uma preocupação crescente nos últimos meses. Desde o primeiro surto reconhecido da doença, até o momento, 121 países relataram casos confirmados, e a situação se torna ainda mais alarmante devido à identificação de uma nova variante do vírus, chamada Clado 1b. Essa cepa apresenta uma transmissão mais eficiente e uma taxa de mortalidade preocupante, especialmente entre crianças na África Central, que são as mais afetadas.
De 1º de janeiro a 8 de setembro de 2024, foram registrados 5.759 casos de mpox e 32 mortes em 32 países africanos, ressaltando a urgência da situação. Em resposta a essa ameaça epidemiológica, a OMS está formulando planos abrangentes, tanto a nível global quanto nacional, para mitigar a propagação da doença. Além disso, a organização já aprovou o uso de uma nova vacina, que é uma ferramenta crucial na luta contra a mpox. No brasil, até o momento, não há relatos de casos da variante Clado 1b, oferecendo um alívio temporário para a situação no país.
A OMS declarou a mpox como uma emergência global em agosto de 2022, demonstrando seriedade ao identificar a nova variante, Clado 1b, como um fator central nessa decisão. O que levou à declaração de emergência foram a rápida transmissão deste novo subtipo do vírus, além de uma elevada taxa de mortalidade que foi observada, especialmente na República Democrática do Congo (RDC) e em Burundi.
Por outro lado, também foram notificados casos importados em países como Suécia e Tailândia, o que indica que a variante possui uma grande capacidade de transmissão entre pessoas, elevando ainda mais a urgência de ações coordenadas em nível internacional. A necessidade de uma resposta global unificada é imperativa para conter a disseminação do vírus, bem como para proteger as populações mais vulneráveis.
Mas o que exatamente é a mpox? Essa doença viral pode ser transmitida através de diferentes modos, não limitando-se apenas à transmissão sexual. A variante Clado 1b, em particular, está se difundindo de maneira alarmante, atingindo principalmente crianças na África Central. A característica mais preocupante dessa nova variante é a alta taxa de mortalidade e a facilidade com que pode ser transmitida entre indivíduos.
Os sintomas típicos da mpox incluem febre, dores musculares, erupções cutâneas, e em casos mais severos, pode levar ao óbito. A vacina desenvolvida pela Bavarian Nordic, chamada MVA-BN, recebeu a pré-qualificação da OMS, oferecendo uma nova estratégia no combate a essa grave enfermidade.
No cenário brasileiro, desde o início de 2024, o país registrou 1.015 casos confirmados e prováveis de mpox. A maioria desses registros (80,9%) provém da região Sudeste, com ênfase nos estados de são paulo, rio de janeiro, minas gerais e Bahia. Até o momento, o brasil não registrou ocorrências da variante Clado 1b, um dado que traz um certo alívio considerando a gravidade da nova cepa.
Em termos de mortalidade, até o dia 10 de setembro de 2024, não houve registros de mortes relacionadas à mpox no brasil, sendo que o último óbito ocorreu em abril de 2023. Quando comparado ao período de pico em 2022, que contabilizou 14 mortes, o cenário atual demonstra um controle significativo da doença e seus efeitos.
Quais são os planos da OMS para o futuro da mpox? A OMS está desenvolvendo um plano global focado em controlar a disseminação da doença, especialmente da nova variante Clado 1b. Esse plano inclui a distribuição da vacina MVA-BN, além de medidas de vigilância e controle em países afetados pela doença. Estas ações têm como objetivo minimizar a transmissão de pessoa para pessoa e controlar surtos antes que resultem em mais fatalidades.
Esses esforços destacam a premência da colaboração internacional e a importância de permanecer alerta frente a esta crise de saúde pública. Para garantir a segurança e a saúde de todos, é fundamental seguir as diretrizes da OMS e das autoridades locais. A vigilância e a vacinação continuam a ser elementos cruciais para evitar novos surtos globais desta doença severa.