Uma Tragédia com Repercussões Mundiais
A morte do renomado arquiteto chinês Kongjian Yu está gerando grande repercussão na imprensa internacional. Ele foi uma das quatro vítimas fatais de um acidente aéreo ocorrido na noite de terça-feira, 23 de setembro, nas proximidades da Fazenda Barra Mansa, situada perto da cidade de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, uma região conhecida por sua beleza natural no Pantanal.
Kongjian Yu é amplamente reconhecido por ter idealizado o conceito das “cidades esponja”, uma abordagem inovadora na arquitetura moderna que foca em projetos sustentáveis. Essa técnica é voltada para a gestão da água, permitindo que as cidades retenham, limpem e infiltram as águas por meio de soluções inspiradas na natureza.
Detalhes do Acidente e Vítimas
O trágico acidente envolveu um avião que transportava quatro ocupantes. Este, um modelo Cessna, teria explodido após a queda, resultando em nenhuma sobrevivência entre os passageiros.
As vítimas foram identificadas como: Marcelo Pereira de Barros, piloto e proprietário da aeronave; Kongjian Yu, o arquiteto de renome mundial; Luiz Ferraz, cineasta e documentarista brasileiro; e Rubens Crispim Jr., também documentarista.
A equipe do Corpo de Bombeiros está atualmente em deslocamento para o local do acidente, que se caracteriza por ser de difícil acesso.
Reconhecimento e Legado de Kongjian Yu
A morte de Kongjian Yu foi amplamente noticiada por veículos de comunicação de prestígio, incluindo o inglês The Guardian. O artigo destacou a importância e a genialidade de Yu na aplicação da arquitetura em favor do meio ambiente, ressaltando sua contribuição para ajudar cidades a enfrentar condições climáticas extremas e inundações. O jornal também mencionou prêmios recebidos ao longo da carreira do arquiteto.
Durante sua visita ao Brasil, Kongjian participou de eventos significativos, como uma conferência organizada pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, em Brasília. Este conselho é um legado do famoso arquiteto Oscar Niemeyer e do urbanista Lúcio Costa, fundado na década de 1950. Na conferência, Kongjian apresentou suas ideias sobre as “cidades esponja”.
O impacto de sua morte foi também destacado por veículos internacionais, como o japonês Nikkei Ásia, que ressaltou a presença de Kongjian na abertura da Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo na semana anterior ao acidente. O site mencionou que sua empresa, a Turenscape, possui mais de 500 profissionais e funciona desde 1998.
O The Straits Times, outra publicação britânica, não ficou atrás e elogiou a trajetória de Kongjian Yu, relembrando a técnica da cidade esponja, já implementada em diversas localidades da China, além de áreas urbanas nos Estados Unidos e na Rússia. A publicação também observou que a Turenscape não respondeu imediatamente a solicitações de comentários fora do horário de expediente.
Com mais de 25 anos dedicados à academia e à preservação das ecologias urbanas e do meio ambiente, Kongjian Yu deixou um legado que certamente influenciará gerações futuras de arquitetos e urbanistas. Sua abordagem inovadora em relação à arquitetura sustentável continua a provocar reflexões sobre o papel das cidades na luta contra as mudanças climáticas.