As Forças Armadas dos Estados Unidos estão completamente preparadas para implementar qualquer decisão que o presidente Donald trump tomar em relação ao Irã, conforme declarado pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth, durante uma audiência no Senado nesta quarta-feira. Essa declaração sugere que a política dos EUA em relação ao Irã pode se tornar mais definida nas próximas horas ou dias, à medida que a situação se intensifica.
Durante seu depoimento ao Comitê de Serviços Armados do Senado, Hegseth foi cauteloso e evitou confirmar se o Pentágono havia estabelecido estratégias de ataque contra o Irã. No entanto, ao ser questionado pelos senadores, ele deixou claro que as tropas estão preparadas para seguir qualquer ordem que venha do presidente, e enfatizou que o governo iraniano deveria ter aceitado as propostas de trump sobre seu programa nuclear antes do início dos ataques aéreos de israel.
“Ao longo da história, a palavra do presidente trump carrega peso. O mundo reconhece isso. E no Departamento de Defesa, nossa missão é estar sempre prontos e equipados com opções estratégicas, e é exatamente isso que estamos fazendo”, destacou Hegseth durante sua apresentação. Essa afirmação reflete não apenas a prontidão militar, mas também a postura firme dos EUA frente ao que consideram uma ameaça representada pelo Irã.
Quando questionado sobre se o governo trump estava tomando medidas para restaurar a dissuasão em relação ao Irã — um conceito que envolve ações destinadas a impedir que adversários adotem posturas agressivas — Hegseth respondeu que, na sua visão, a dissuasão já havia sido restabelecida de várias maneiras. Contudo, ele deixou no ar a dúvida sobre qual seria o próximo passo a ser tomado nos dias seguintes.
Por sua vez, o presidente trump não se manifestou claramente sobre planos para um possível ataque às instalações nucleares iranianas ou sobre uma ação militar direta, quando abordado por repórteres. Ele mencionou que o Irã havia mostrado interesse em dialogar, mas expressou ceticismo, afirmando que “é muito tarde para conversar”. trump também ressaltou que a situação atual é drasticamente diferente do que era uma semana atrás, acrescentando um ar de mistério acerca de suas intenções futuras.
“Há uma grande diferença entre agora e uma semana atrás”, declarou trump aos jornalistas em frente à Casa Branca, insinuando que suas opções estão em constante evolução. “Ninguém sabe o que eu vou fazer”, completou, reforçando a ideia de que suas decisões são estratégicas e cuidadosamente consideradas.
Além disso, trump indicou que o Irã tentou estabelecer comunicação com a administração, mas não forneceu detalhes específicos sobre essas interações. Ele fez uma avaliação contundente da capacidade de defesa do país, alegando que o Irã se encontra em uma posição vulnerável, sem defesa aérea adequada, enquanto os ataques de israel completam seu sexto dia.
Fontes próximas às discussões internas na Casa Branca revelaram que a equipe de trump está avaliando uma gama de opções, incluindo a possibilidade de realizar ações conjuntas com israel contra as instalações nucleares iranianas. Essa consideração indica um potencial aumento na escalada do conflito, algo que pode ter repercussões significativas não apenas para a região, mas para a política internacional como um todo.
No entanto, a liderança iraniana, representada pelo aiatolá Ali Khamenei, desconsiderou a demanda de trump por uma rendição incondicional, reforçando que o Irã não cederá às pressões externas. Enquanto isso, as ruas de Teerã estão repletas de cidadãos tentando escapar dos bombardeios intensos promovidos pela Força Aérea israelense, que, em sua última ofensiva, anunciou a destruição do quartel-general do serviço de segurança interna do Irã. Essa escalada de violência e as tensões geopolíticas estabelecem um cenário incerto e volátil, onde as decisões tomadas por líderes mundiais podem ter impactos profundos e duradouros.