Na última quarta-feira, 18 de junho, o presidente francês Emmanuel macron fez um apelo contundente para que israel interrompa imediatamente os ataques direcionados ao Irã. Durante uma reunião do Conselho de Defesa e Segurança Nacional no Palácio do Eliseu, em Paris, macron destacou a necessidade urgente de cessar os bombardeios, que, de acordo com suas informações, têm atingido cada vez mais alvos que não estão relacionados ao programa nuclear e balístico iraniano. O líder francês expressou sua apreensão em relação à escalada do conflito entre os dois países e lamentou o aumento do número de vítimas civis em ambas as nações.
Em sua declaração, macron enfatizou que é “imperativo” pôr fim às operações militares, visando restaurar a paz na região. Além disso, ele designou seu ministro das Relações Exteriores, Jean-Noël Barrot, para coordenar uma nova iniciativa diplomática com aliados europeus, com o intuito de criar uma proposta concreta para a resolução do conflito entre israelenses e iranianos. O presidente reiterou que uma solução duradoura para as questões relacionadas ao programa nuclear e balístico do Irã só pode ser alcançada por meio do diálogo e da negociação, reafirmando a intenção da França de manter um “diálogo firme” com Teerã sobre suas atividades que possam desestabilizar a região.
Apesar de ainda não terem sido divulgados detalhes específicos sobre essa nova iniciativa diplomática, o ministro Barrot já está em contato com seus homólogos da alemanha e do reino unido, países que historicamente desempenharam papéis cruciais nas negociações sobre o programa nuclear iraniano. Essa colaboração entre as potências europeias é vista como um passo importante para a busca de uma solução pacífica e sustentável.
Os confrontos entre Irã e israel não mostraram sinais de desaceleração, continuando por um sexto dia consecutivo, mesmo diante dos apelos da comunidade internacional por uma desescalada do conflito. macron, ciente da gravidade da situação, solicitou ao ministério das Relações Exteriores que implemente medidas eficazes para facilitar a saída de cidadãos franceses que desejam deixar o Irã ou israel. O governo francês também reiterou seu forte aviso contra qualquer viagem a esses países, destacando os riscos envolvidos.
Além da França, outras nações, como alemanha e Itália, já iniciaram a repatriação de centenas de seus cidadãos. Os Estados Unidos também estão organizando uma evacuação voluntária para seus cidadãos em israel, conforme declaração do embaixador americano em Jerusalém, Mike Huckabee. A China, por sua vez, já retirou cerca de 800 de seus cidadãos do Irã e planeja evacuar mais mil pessoas, com o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, expressando sua preocupação com o potencial de uma guerra “fora de controle”. A embaixada russa em Tel Aviv também anunciou a retirada das famílias de diplomatas do território israelense, evidenciando a gravidade da situação.
Além das tensões geopolíticas, a crise atual impacta significativamente a infraestrutura digital no Irã. A televisão estatal do país aconselhou a população a desinstalar o aplicativo WhatsApp, alegando que a plataforma estaria compartilhando dados com israel, uma acusação que a empresa Meta refutou. Desde o início dos conflitos, diversos sites e aplicativos estão sendo bloqueados ou tornando-se inacessíveis no Irã. De acordo com o observatório digital NetBlocks, com sede em Londres, o acesso à internet no país está “quase totalmente interrompido”, evidenciando as severas restrições à comunicação e à informação.
Com a situação se intensificando, a expectativa é que as iniciativas diplomáticas propostas por macron e seus parceiros europeus possam abrir um caminho para a paz e a estabilidade na região. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, na esperança de que um diálogo construtivo possa prevalecer sobre a violência e a escalada de conflitos.