O presidente francês Emmanuel macron anunciou que França, Alemanha e Reino Unido estão preparados para apresentar “uma proposta de negociação abrangente, tanto diplomática quanto técnica”, ao Irã, com o objetivo de mitigar o crescente conflito com israel. macron enfatizou que deve haver rigor na abordagem em relação a um país “dotado de armas nucleares”, destacando a importância de um retorno às negociações, especialmente no que diz respeito ao programa nuclear do Irã. Ele defendeu que a prioridade deve ser a implementação de um enriquecimento de urânio a zero, além de medidas para controlar as atividades balísticas do país e o financiamento de grupos que fomentam a instabilidade na região.
Na mesma linha, o presidente francês mencionou, em uma coletiva de imprensa, que a negociação deve incluir a reinstauração dos trabalhos da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), garantindo acesso irrestrito a todas as instalações nucleares iranianas. Além disso, ele abordou a necessidade de discutir como o Irã deve proceder em relação ao financiamento de seus representantes na região e a liberação de “reféns”, referindo-se aos estrangeiros detidos pelo governo iraniano. O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, juntamente com seus homólogos alemão e britânico, será responsável por levar essa proposta ao ministro iraniano das Relações Exteriores, Abbas Araghchi.
Recentemente, israel intensificou suas ações contra o Irã, caracterizando a operação como um “ataque preventivo” focado no desmantelamento do programa nuclear iraniano. O governo israelense alega que o principal objetivo dessa ofensiva é impedir que o Irã desenvolva armamentos nucleares. Em resposta, o Irã mobilizou um arsenal de drones e mísseis, atacando o território israelense como retaliação. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a ofensiva continuará, prometendo ações contra todas as instalações iranianas.
Na última contagem, relatos indicam que os ataques já impactaram partes do programa nuclear iraniano, mas as autoridades israelenses acreditam que danos mais significativos exigem uma intervenção mais robusta, possivelmente com a participação direta dos Estados Unidos. O governo de israel tem solicitado apoio americano para intensificar as operações.
O cenário atual entre israel e Irã se intensifica à medida que a guerra entre os dois países completa oito dias, sem sinais claros de uma resolução. A administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu um prazo de duas semanas para decidir se os EUA irão se envolver diretamente no conflito, criando uma janela para que a europa busque negociações que visem um cessar-fogo. Ministros das Relações Exteriores da França, Alemanha e Reino Unido estão se dirigindo a Genebra, na Suíça, para dialogar com representantes iranianos sobre a situação em israel.
No entanto, autoridades norte-americanas permanecem céticas em relação a essa reunião, sem expectativas otimistas sobre o resultado das discussões. A situação se agravou com novos bombardeios e declarações agressivas de ambas as partes, incluindo ataques que atingiram o hospital Soroka, o principal no sul de israel, deixando 71 feridos. A escalada do conflito levanta preocupações significativas sobre a segurança regional e a possibilidade de um desfecho pacífico.
À medida que a tensão continua a crescer, o papel da diplomacia torna-se ainda mais crucial. A expectativa é que as negociações em Genebra possam abrir um espaço para o diálogo e potencialmente estabelecer um caminho para a desescalada da crise. As próximas horas e dias serão decisivas para determinar se um acordo pode ser alcançado ou se a situação irá se deteriorar ainda mais. A comunidade internacional observa atentamente, na esperança de que a diplomacia prevaleça sobre a confrontação, promovendo a paz e a estabilidade na região.