Oportunidade de diálogo entre Brasil e EUA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva compartilhou sua satisfação em relação ao resultado de sua recente viagem à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada no dia 24 de setembro. Em destaque, o aceno do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para iniciar um diálogo bilateral. “Aquilo que parecia impossível, deixou de ser impossível e aconteceu. Fiquei muito contente quando o Trump mencionou a boa química que surgiu entre nós”, afirmou Lula durante uma coletiva de imprensa na cidade de Nova York.
O mandatário brasileiro enfatizou que não há motivos para que Brasil e Estados Unidos continuem em desacordo. Ele expressou esperança de que a relação entre as duas maiores democracias do continente prospere. “Acredito que essa relação é extremamente relevante. Torço para que tudo dê certo. Brasil e Estados Unidos possuem interesses empresariais, industriais, tecnológicos e científicos em comum. O debate sobre questão digital e inteligência artificial, assim como a esfera comercial, são de grande importância para nós”, ressaltou Lula.
Além disso, o presidente Lula destacou a necessidade de um diálogo contínuo. “Informei ao presidente Trump que temos muitos assuntos a discutir. Existem interesses significativos para ambos os países, além da necessidade de trabalharmos juntos para garantir a paz mundial. Fiquei satisfeito ao ouvir que ele está aberto à conversação”, completou.
Expectativas para a COP30 em Belém
Durante a coletiva, Lula também trouxe à tona a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em novembro, em Belém. Ele reafirmou que este evento será um marco, visto que tem como objetivo demonstrar o comprometimento global em evitar as mudanças climáticas. O presidente fez um convite às lideranças mundiais para comparecerem à conferência. “Precisamos convidar cientistas que possam dialogar com os chefes de Estado, de modo que todos os presentes compreendam a realidade do nosso mundo, o que ajudará na tomada de decisões”, enfatizou.
O presidente complementou sua fala afirmando que muitos países estão apresentando Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) que são rigorosas e razoáveis, e isso é um aspecto positivo. “O comprometimento global é essencial para o sucesso de nossos esforços em relação às mudanças climáticas”, concluiu.