**A Importância da liderança Feminina na Governança ESG do Agronegócio**
No atual cenário de governança ESG (Ambiental, Social e Governança), a liderança desempenha um papel crucial na formulação de decisões estratégicas que fortalecem o agronegócio. Um exemplo significativo dessa liderança é a criação da Academia de liderança das Mulheres do Agronegócio (A.L.M.A.), que foi lançada em 2018. Esta iniciativa inovadora visa acelerar o desenvolvimento e a capacitação das mulheres no setor agropecuário, formando líderes com foco em inovação, sustentabilidade e práticas de governança responsável.
Em 2023, a academia comemorou mais uma turma de formatura, com 175 mulheres completando o programa. Desde sua fundação, mais de 400 participantes passaram pelo A.L.M.A., evidenciando um aumento na representação feminina em posições de destaque no agronegócio e promovendo uma gestão empresarial mais eficaz. A participação ativa das mulheres é, sem dúvida, fundamental para trazer novas perspectivas e abordagens sustentáveis às práticas do setor.
**A Visão de Gislene Balbinot sobre a Ação Transformadora do A.L.M.A.**
Gislene Isabel Balbinot, diretora executiva da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), ressalta a relevância do programa A.L.M.A. como uma plataforma essencial para a promoção da liderança feminina no agronegócio. Natural do rio grande do sul, Gislene tem se dedicado incansavelmente a fomentar a inclusão das mulheres nesse segmento, sendo uma defensora fervorosa de temas como a sustentabilidade e a governança.
Para Gislene, o A.L.M.A. vai além de um simples curso de formação. Ele representa um avanço significativo na ampliação da participação feminina em todas as cadeias produtivas do agronegócio. As aulas abrangem uma variedade de temas relevantes, como ESG, gestão eficiente, sucessão familiar, exportação e economia política. Esse ambiente educacional oferece às mulheres a oportunidade de compartilhar experiências e adquirir habilidades críticas para superar os desafios que enfrentam no setor.
**Acessibilidade e Inclusão: O Diferencial do Programa**
Um dos aspectos mais inovadores do A.L.M.A. é a sua abordagem inclusiva. O programa não impõe um rigoroso processo seletivo, permitindo que qualquer mulher que tenha interesse se inscreva, o que promove uma democratização do conhecimento. Essa acessibilidade garante que mulheres de diferentes partes do agronegócio, seja na produção agrícola, na pecuária ou na aquicultura, possam aproveitar as oportunidades de aprendizado e desenvolvimento pessoal.
Além disso, a troca de experiências entre participantes vindas de diversas áreas produtivas é um dos destaques do curso. Ao proporcionar uma visão holística do agronegócio, o A.L.M.A. permite que as participantes ampliem seus horizontes e compreendam o impacto das suas decisões em toda a cadeia produtiva.
**O Impacto da Formação em ESG nas Propriedades Rurais**
Os conhecimentos adquiridos por meio do A.L.M.A. têm um impacto profundo nas operações e nas estratégias de gestão das propriedades rurais das mulheres participantes. Gislene enfatiza a relevância de temas como a sustentabilidade, créditos de carbono e a integração entre lavoura, pecuária e floresta, bem como as implicações das mudanças climáticas. Essas questões são vitais para o desempenho das propriedades e, portanto, manter-se atualizado sobre essas tendências é um imperativo para que as líderes possam implementar decisões sustentáveis que estejam em linha com as exigências do mercado global.
A busca por práticas de produção sustentáveis, combinada com a adaptação às novas realidades energéticas e ambientais, é fundamental para o futuro do agronegócio. As mulheres que completam o A.L.M.A. estão equipadas para exercer uma liderança responsável e resiliente, contribuindo para um setor que não apenas gera valor econômico, mas também promove a preservação ambiental e o bem-estar social.
**Superação e Perspectivas Futuras para o Agronegócio**
Por fim, Gislene Balbinot destaca a palavra “superação” como um símbolo do impacto das mulheres no agronegócio e do avanço do Brasil nesse setor. Ela relembra as transformações que o país atravessou, passando de importador a um dos principais exportadores mundiais de alimentos, fibras e energia, atendendo a mais de 200 países. Essa trajetória ressalta a capacidade das mulheres de superar desafios com determinação e resiliência.
O crescimento da participação feminina no agronegócio, segundo Gislene, é notável e em constante evolução. Iniciativas como o A.L.M.A. são fundamentais para continuar promovendo essa inclusão, garantindo que gerações futuras de líderes femininas tenham as ferramentas e o suporte necessários para construir um agronegócio sustentável e próspero. Através dessas ações, a mudança positiva continua, abrindo espaço para que as mulheres assumam papéis de liderança cada vez mais relevantes no avanço do setor agropecuário.