**Incêndios em são paulo: Alerta e Ações Intensificadas para combate às Chamas**
são paulo – O estado de são paulo enfrenta uma situação crítica com quatro focos ativos de incêndio identificados nas cidades de Bananal, Cajuru, Mococa e Santo Antônio de Posse, localizadas no interior paulista. A defesa civil do estado anunciou, em sua primeira atualização do dia, realizada às 6h30 desta quinta-feira, 19 de setembro, que um total de 48 municípios continua em alerta máximo devido ao risco de queimadas.
Para combater as chamas, a defesa civil mobilizou uma operação aérea com quatro aeronaves – uma de asa fixa e três de asa rotativa – que estão ativamente engajadas na luta contra os incêndios. Esta resposta rápida é crucial, especialmente considerando que, entre os dias 17 e 18 de setembro, foram registrados seis novos focos de incêndio, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Este aumento quebra o recorde de 16 dias sem novos registros, que foi alcançado no dia 16 de setembro.
O Mapa de Risco de incêndio, uma ferramenta tecnológica essencial utilizada pela defesa civil para monitorar queimadas durante a estiagem, aponta um grau máximo de risco em diversas áreas do território paulista, apontando a necessidade de atenção redobrada.
**Monitoramento Intenso de Incêndios**
Os dados divulgados pelo Inpe revelam que, até a terça-feira, 17 de setembro, foram registrados 1.789 focos de incêndio ativos somente neste mês, um número surpreendente que representa 4,7 vezes mais em comparação ao total de focos contabilizados em setembro do ano anterior, quando foram identificados apenas 375 focos. O panorama se agrava ainda mais com os registros do mês de agosto, que totalizou 3.612 focos, estabelecendo um recorde histórico para esse mês desde 1998. Esse resultado representa 49,5% do total de 7.291 focos já avaliados no estado ao longo de 2024.
**Operação Aérea Sem Precedentes**
No último sábado, 14 de setembro, o governo paulista executou a maior operação aérea da história do estado no combate aos incêndios. Um total de 20 aeronaves participou simultaneamente das ações de combate, sendo 8 de asa fixa e 12 de asa rotativa. Essa mobilização impressionante supera o recorde anterior de 14 aeronaves utilizadas em 12 de setembro. Foram acumuladas mais de 2 mil horas de voo, com mais de 760 mil litros de água sendo despejados para controlar as chamas.
Segundo informações do Comando de Aviação da Polícia Militar, entre os dias 8 e 12 de setembro, 14 helicópteros Águia foram acionados em 56 cidades para ajudar no combate aos incêndios, representando quase metade da frota de helicópteros da PM. Até o momento, incluem-se 24 modelos Esquilo, um Agusta Westland, dois Airbus e dois Schweizer, todos equipados para carregar até 600 litros de água por meio de um cesto conhecido como “bambi bucket”, que pode ser recarregado no ar em rios e lagos.
**Cuidados e Prevenção**
Em virtude da gravidade da situação, a defesa civil recomenda à população cuidados especiais com a saúde, incluindo a ingestão adequada de água e proteção solar, além de evitar a prática de atividades físicas ao ar livre nos horários mais críticos. O uso de soro para os olhos e nariz é aconselhável, considerando os efeitos da inalação de fumaça que agravam problemas respiratórios.
As autoridades, em conjunto com as Defesas Civis Municipais, estão implementando diversas medidas de prevenção. Entre elas, destacam-se vistorias nas áreas mais vulneráveis a queimadas, a criação de aceiros e campanhas de conscientização para engajar a população. É fundamental que todos colaborem para evitar incêndios, seguindo algumas diretrizes importantes: não utilizar fogo em vegetação seca, evitar descartar bitucas de cigarro nas rodovias, não queimar lixo e nem realizar limpezas na área rural com fogo.
Qualquer sintoma preocupante, como falta de ar, dor no peito ou tontura, requer atenção médica imediata, reforçando a importância de ações conscientes e responsáveis em um cenário tão delicado.