Uma Devastação Alarmante

No Distrito Federal, a área atingida por incêndios em 2025 já soma impressionantes 15.052,09 hectares, superando o território de 13 regiões administrativas combinadas. Para ilustrar a gravidade da situação, imagine o Varjão, Cruzeiro, Sudoeste/Octogonal, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Guará, SIA, Águas Claras, Riacho Fundo I, Riacho Fundo II, Estrutural, Sobradinho II e Fercal totalmente consumidos pelo fogo. Esse cenário trágico leva a refletir sobre a fragilidade ambiental da região.

Em uma iniciativa para conscientizar a população, o Metrópoles criou um mapa interativo que permite aos habitantes do DF visualizar a extensão dos 15 mil hectares queimados em suas comunidades. Ao inserir o nome da região administrativa, é possível verificar a devastação proporcional. Por exemplo, no Varjão, haveria 92 vezes mais áreas destruídas, enquanto no Plano Piloto, a situação é um pouco menos severa.

Comparações Impactantes

O impacto visual é ainda mais alarmante ao considerar que a área queimada em 2025 já ultrapassa o tamanho de Vitória, capital do Espírito Santo, e se equipara a Natal, capital do Rio Grande do Norte. Portanto, a destruição no DF em apenas nove meses pode ser vista como equivalente a queimar duas capitais brasileiras.

Além disso, os números são tão expressivos que, com a área devastada, seria possível erguer duas cidades do tamanho da ilha de Manhattan, em Nova York, que ocupa uma área de 5,9 mil hectares. Esses dados, coletados pela Pesquisa Distrital de Amostras de Domicílio (PDAD) do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal, referem-se às áreas incendiadas até 16 de setembro de 2025.

Um Ano de Incêndios

Os 15.052 hectares queimados derivam de 6.189 incêndios florestais registrados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). Apesar da magnitude dos números, 2025 não se destaca em relação à média histórica de queimadas na região.

No mesmo período do ano passado, a corporação contabilizou 20.621 hectares queimados até setembro. Esse levantamento demonstra que, mesmo com os altos índices deste ano, a situação é relativamente menor em comparação com anos anteriores, quando a metodologia de medição foi alterada.

Resposta às Emergências Ambientais

Durante a seca, o Corpo de Bombeiros realiza a operação Verde Vivo, uma estratégia desenvolvida para responder a emergências ambientais decorrentes de incêndios florestais e prevenir novas ocorrências. “Temos equipes espalhadas por todo o DF para garantir uma resposta rápida. Nossa operação Verde Vivo é constantemente aprimorada, assim como o treinamento dos nossos especialistas e o preparo físico da equipe”, declarou o tenente-coronel Omar, responsável pela comunicação do CBMDF.

A corporação também destaca que, além dos militares destacados para a operação, há uma força adicional pronta para ajudar em situações de grande escala a qualquer momento. Isso demonstra o comprometimento em combater os incêndios e proteger o meio ambiente da região.

Orientações de prevenção

Os bombeiros enfatizam a importância de seguir orientações para evitar novos incêndios, como:

  • Não queimar lixo, folhas secas ou restos de poda;
  • Evitar usar fogo para limpeza de terrenos;
  • Não descartar bitucas de cigarro acesas em áreas com vegetação seca;
  • Se acampando, realizar fogueiras apenas em locais permitidos e apagá-las completamente antes de sair;
  • Em áreas rurais, manter aceiros ao redor de plantações e construções;
  • Evitar o acúmulo de vegetação seca próximo a residências e estradas.

Em caso de incêndio, a população deve acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros pelo número 193. É essencial ressaltar que apagar fogo deve ser feito apenas por quem possui equipamentos adequados e treinamento necessário.

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