Amigos celebram a vida de Gustavo Rodrigues Guimarães
Na manhã de sexta-feira, 25 de julho, amigos e conhecidos de Gustavo Rodrigues Guimarães, de 29 anos, utilizaram suas redes sociais para prestar emocionadas homenagens ao praticante de highline, que perdeu a vida tragicamente em um acidente na Cachoeira da Usina, localizada na zona rural de Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros. A queda aconteceu de uma altura de cerca de 50 metros, enquanto Gustavo se dedicava ao esporte que tanto amava.
Felipe Triaca, administrador da página @chapadadosveadeiros, não conteve a tristeza e expressou sua dor em uma publicação no Instagram: “Gustavo era mais do que um praticante de highline. Ele era um espírito livre, desses que desafiam a gravidade com leveza e nos ensinam que o mundo tem muitos jeitos de ser sentido, de cima, do alto, entre o vento e a pedra”. Triaca ainda ressaltou o impacto positivo que Gustavo teve na vida de muitos, afirmando que ele deixou um legado de luz, ousadia e profunda conexão com a natureza.
Um acidente trágico durante a prática do highline
Na hora do acidente, Gustavo estava em plena atividade de highline, um esporte que exige equilíbrio em fitas suspensas sobre despenhadeiros ou cursos d’água. Segundo relatos de amigos, ele teria sofrido a queda antes de conseguir realizar a ancoragem — o procedimento crucial que garante a segurança do equipamento. Uma amiga fez questão de ressaltar que, embora o esporte ofereça segurança, Gustavo partiu antes de completar a ancoragem, o que resultou em uma fatalidade: “Ele não teria feito a travessia sem o equipamento”, explicou.
Outro amigo, com visível dor, falou sobre a perda: “Gustavo foi uma das pessoas mais queridas que conheci. Dividimos casa e ele tinha um encantamento pela vida que era contagiante. Que perda dolorida! Mas é reconfortante ver o quanto ele era amado por todos nós”. O velório de Gusta está marcado para o domingo, 27 de julho, em Ouro Branco (MG), e seu corpo será cremado em Belo Horizonte.
O legado de um nômade digital
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, ao chegarem ao local do acidente, a equipe de socorro encontrou Gustavo deitado na borda do poço da cachoeira, sem sinais vitais e com sangramentos na parte posterior da cabeça. Amigos que estavam com ele tentaram reanimá-lo, mas não tiveram sucesso. A confirmação do óbito ocorreu ainda no local, e a Polícia Civil foi acionada para os procedimentos necessários.
Nas redes sociais, Gustavo se descrevia como “nômade presencial”, contando com mais de dois mil seguidores em sua jornada. Seus amigos carinhosamente o chamavam de “Gusta”. Entre as mensagens de despedida, Lucas Liberato escreveu: “Um brinde a uma alma livre que viveu o high como nenhum outro”.
Reconhecimento e paixão pelo highline
Gustavo frequentemente compartilhava vídeos e experiências de sua prática de highline em diversos locais do Brasil, incluindo Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo. Recentemente, ele conquistou um certificado internacional como rigger pela International Slackline Association (ISA). Em uma de suas publicações, ele expressou sua gratidão: “Este marco significativo em minha jornada no slackline não seria possível sem o apoio de todos que acreditaram e incentivaram minha dedicação ao esporte”. Além do highline, Gustavo também dividia seu tempo montando palcos e praticando malabarismo, sempre buscando novas formas de se conectar com o mundo ao seu redor.