Ronilton Teixeira Vieira foi condenado a uma pena de 48 anos de reclusão em regime fechado após ser julgado por crimes graves, incluindo o homicídio de seu irmão e de seu sobrinho, ambos mortos a facadas. O crime chocante ocorreu em dezembro de 2023, na residência da família, localizada no Conjunto 4 da QR 321, em Samambaia Sul, Brasília.
O Tribunal do Júri de Samambaia, responsável pelo julgamento, determinou a condenação de Ronilton por homicídio qualificado, tentativa de latrocínio e tentativas de homicídio contra outras vítimas. Embora tenha direito ao recurso, o réu não poderá apelar em liberdade. A acusação, apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (mpdft), detalhou que Ronilton não somente assassinou seus parentes, mas também tentou roubar um homem e tentou matar outras três pessoas. De acordo com a denúncia, esses atos ocorreram em situações distintas, provocando uma grande comoção na comunidade local, o que reforçou a necessidade de uma ação judicial rigorosa.
Durante o julgamento, o Conselho de Sentença, por ampla maioria, aceitou a maior parte da denúncia, com uma exceção: Ronilton foi absolvido em relação a uma das tentativas de homicídio por falta de provas. Ele admitiu parcialmente sua culpa, alegando situações de legítima defesa em um dos episódios, porém, a defesa não convenceu o tribunal.
Ao proferir a sentença, o juiz considerou que a gravidade dos crimes cometidos por Ronilton foi além do que normalmente é aceito pela sociedade. O magistrado apontou que o réu cometeu os homicídios sob influência de bebidas alcoólicas e drogas, junto com um menor de idade, um fato que constitui uma violação clara ao Estatuto da Criança e do Adolescente, justificando assim um aumento na pena aplicada. O juiz ressaltou que a reprovabilidade da conduta de Ronilton era elevada, especialmente no caso de seu sobrinho.
Além disso, o impacto emocional e social dos crimes nas vidas das vítimas foi um fator crucial na decisão do magistrado. Uma das vítimas deixa filhos menores, o que contribuiu para a severidade na dosimetria da pena. Assim, ele foi também condenado a arcar com todos os custos processuais e, consequentemente, sua prisão preventiva foi mantida para assegurar a ordem na sociedade.
O crime de duplo homicídio ganhou notoriedade quando a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) informou que Ronilton havia esfaqueado seus parentes antes de fugir do local. A fuga, no entanto, foi interrompida quando ele se envolveu em um acidente de trânsito. A colisão ocorreu na BR-060, nas proximidades do Engenho das Lajes, onde Ronilton colidiu seu veículo, um Renault Sandero dourado, com outros dois carros.
Esse acidente deixou três pessoas feridas e ocorreu no Km 10 da estrada, sentido Goiânia. Relatos da PMDF indicam que Ronilton dirigia de forma imprudente, em alta velocidade e na contramão, um comportamento que culminou na tragédia e consolidou ainda mais sua imagem como criminoso.
Antes da ocorrência do acidente, o réu teria tentado roubar outro veículo na rua onde os homicídios aconteceram, ameaçando o proprietário com a mesma faca usada no crime contra seus parentes. No entanto, a tentativa de roubo falhou, já que o motorista conseguiu escapar rapidamente, despistando o agressor.
Após o acidente, a Polícia Militar localizou Ronilton, que estava com lesões graves, incluindo fraturas em ambas as pernas, além de um punhal manchado de sangue em sua posse. A situação alarmante e a gravidade dos crimes cometidos por Ronilton Teixeira Vieira resultaram em uma condenação exemplar, sinalizando à sociedade que atos de violência extrema não serão tolerados e que a lei agirá de forma rígida para garantir a justiça e a segurança da comunidade.
