O que é Hérnia Inguinal?
Na madrugada de quarta-feira, 13, o atacante Yuri Alberto, do Corinthians, passou por uma cirurgia em São Paulo devido a uma hérnia inguinal. De acordo com a nota oficial do clube, o atleta sentiu dores abdominais na terça-feira, 12, o que o levou a ser hospitalizado no Vila Nova Star. Mas o que exatamente é uma hérnia inguinal?
A hérnia inguinal ocorre quando um tecido mole, em sua maioria, parte do intestino, entra em uma área debilitada entre os músculos do abdômen, resultando em uma saliência na região da virilha. Para diagnosticar essa condição, médicos costumam utilizar exames clínicos e de imagem, como ultrassonografias.
Embora a causa da hérnia não seja sempre identificável, fatores como constipação frequente, levantar objetos pesados ou a obesidade podem facilitar seu aparecimento. Quando a condição se agrava, pode haver riscos como o bloqueio da circulação sanguínea e náuseas.
Marcelo Averbach, coloproctologista e cirurgião do aparelho digestivo no Hospital Sírio-Libanês, explica que a hérnia inguinal pode provocar dor intensa, limitando as atividades diárias do paciente. “O desconforto gerado por essas hérnias não é o único problema. Existe também a possibilidade de encarceramento, onde a estrutura não pode ser retornada à sua posição normal”, aponta Averbach.
Quando a cirurgia se Torna Necessária?
O tratamento para a hérnia inguinal pode ser desnecessário em casos de hérnias pequenas que não provocam dor ou riscos imediatos. Entretanto, se a hérnia estiver crescendo ou causando sintomas, a cirurgia pode ser a melhor solução.
De acordo com Miller Barreto, cirurgião geral do Hospital das Clínicas, a operação é a única forma definitiva de tratar hérnias inguinais, uma vez que podem aumentar com o tempo. Ele observa que o procedimento é considerado simples e de baixo risco, podendo ser realizado de forma aberta, laparoscópica ou robótica. Os principais riscos associados, como infecções, sangramentos e dor crônica na área operada, têm índices bastante baixos.
A recuperação pós-cirúrgica varia de paciente para paciente, mas, no geral, a alta hospitalar costuma ocorrer um ou dois dias após o procedimento. A informação é essencial para entender a gravidade e a frequência com que essa condição pode afetar não apenas atletas, mas qualquer pessoa.