Transformação do Abastecimento de água no DF
Em 2016, o Distrito Federal enfrentou um dos períodos mais críticos em sua história recente: a crise hídrica que afetou milhares de famílias e exigiu mudanças urgentes na gestão do abastecimento de água. Esse cenário alarmante começou a mudar com o compromisso do atual governo do Distrito Federal (GDF) de reverter a situação. Por meio de um planejamento eficiente e de investimentos significativos, o Executivo conseguiu ampliar e integrar a rede de abastecimento de água, canalizando recursos de Corumbá IV, em Goiás, para várias regiões da capital.
Quase uma década depois, a realidade é bem diferente. Somente na região norte de Brasília, cerca de 500 mil moradores já têm acesso à água tratada, graças a três grandes obras que foram recentemente inauguradas: a Adutora Corumbá-Jardim Botânico, a Elevatória do Lago Norte e a Interligação de Nova Colina à rede principal.
Realizadas pela Companhia de saneamento Ambiental (Caesb), essas obras representaram um investimento total de R$ 200 milhões, ampliando a distribuição de água para moradores de Sobradinho, Lago Norte, Jardim Botânico e áreas circunvizinhas. A adutora Corumbá-Jardim Botânico, que se estende por 25,5 km e recebeu R$ 100 milhões em investimentos, fortalece o abastecimento para 150 mil pessoas em São Sebastião, Jardins Mangueiral e Lago Sul, além de desafogar o Sistema Torto/Santa Maria, responsável por 11% do fornecimento total de água no DF.
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Obras Estruturantes e Investimentos Futuros
A elevatória do Lago Norte é outro destaque, transportando 700 litros de água por segundo a uma altura de 200 metros, beneficiando 355 mil moradores de Sobradinho I e II, Grande Colorado, Lago Norte, Boa Vista, Taquari e Itapoã. Já no setor habitacional Nova Colina, a interligação à rede principal está destinada a 28 mil moradores de 17 condomínios, resultado de uma obra de R$ 10,6 milhões e 44 km de redes instaladas.
Contudo, a estratégia do GDF não se limita a essas iniciativas pontuais. O governo destinou R$ 4 bilhões para água e saneamento, com o objetivo de tornar o Distrito Federal uma referência nacional em segurança hídrica e qualidade da água.
Em março de 2016, a Barragem do Descoberto, responsável por 60% do abastecimento do DF, apresentava 100% de sua capacidade, e a Caesb não previa riscos de desabastecimento. No entanto, fatores como estiagem prolongada, ocupação irregular de áreas próximas a mananciais, aumento do consumo e falta de investimentos em novas captações alteraram drasticamente o cenário em poucos meses. Ao final daquele ano, o DF enfrentou sobretaxas para consumidores de grande porte, e, em 2017, o racionamento se tornou uma realidade, marcando a pior crise hídrica da história da capital.
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Compromisso com a Mobilidade e Qualidade de Vida
Atualmente, graças às obras estruturantes e à integração dos sistemas de abastecimento, o cenário é de estabilidade e segurança para as próximas décadas. Desde 2019, a Caesb já investiu R$ 1 bilhão na expansão e modernização dos sistemas, com a meta de aplicar mais R$ 3,7 bilhões até 2029, acompanhando o crescimento populacional e a expansão urbana do DF. Hoje, a capital conta com 99% de cobertura de água e 95% de esgoto, conforme a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD).
Além das obras de infraestrutura, o Programa água Legal já regularizou 10 mil unidades habitacionais, assegurando fornecimento seguro para áreas antes irregulares. A Tarifa Social também se destaca, beneficiando 270 mil pessoas com desconto de 50% nas contas de água e esgoto.
Da mesma forma que a crise hídrica representou um desafio significativo, a mobilidade urbana do DF também enfrentou problemas sérios, como aumento constante das tarifas e ônibus em condições precárias. Contudo, o compromisso do GDF em relação à água se refletiu na melhoria do transporte público. A resposta estruturada do governo encerrou o comércio irregular do Passe Livre, renovou por completo a frota de ônibus e implementou o uso do cartão eletrônico, eliminando o dinheiro físico nas transações.
Hoje, o Distrito Federal possui a frota de transporte público mais moderna do Brasil, proporcionando mais conforto e segurança aos passageiros. Outro ponto positivo para a população é a estabilidade no preço das passagens, que não sofre reajustes há seis anos, permitindo previsibilidade no orçamento dos cidadãos.
Essas iniciativas em abastecimento e mobilidade demonstram como políticas públicas bem elaboradas podem transformar crises em oportunidades de melhoria para toda a população. A crise hídrica e os problemas de transporte, que antes geravam preocupações, agora são substituídos por um cenário de estabilidade, modernização e otimização de serviços. O resultado é evidente no cotidiano: mais água, segurança e qualidade de vida para todos os habitantes do Distrito Federal.