**Tragédia em Osasco: Guarda Civil atira em secretário-adjunto durante reunião sobre reestruturação**
São Paulo – Na última segunda-feira (6 de janeiro), um trágico incidente abalou a cidade de Osasco, na região metropolitana de São Paulo. O guarda civil Henrique Marival de Sousa, envolvido em uma disputa profissional, disparou contra Adilson Custódio Moreira, que ocupava a posição de secretário-adjunto de Segurança e Controle Urbano. Segundo informações reveladas durante a investigação, Henrique estava profundamente insatisfeito com as mudanças implementadas nas equipes de segurança pessoal do prefeito e da primeira-dama, decorrentes da nova administração municipal iniciada neste ano. A intenção de Henrique, identificado como um profissional que atuava na segurança da ex-primeira-dama, Aline Lins, era permanecer na função, mas ele foi informado de que retornaria às fileiras da Guarda Civil Municipal, o que lhe causou grande descontentamento.
Relatos de testemunhas, obtidos por fontes confiáveis, indicam que aproximadamente 17 membros da Guarda Civil foram convocados para uma reunião programada para às 15h na sede da Prefeitura de Osasco. O objetivo desse encontro era esclarecer as novas diretrizes de segurança, especialmente a definição de quem continuaria encarregado da proteção pessoal dos cargos políticos locais. Henrique Marival mostrou-se inconformado com sua relocalização, descrevendo sua frustração a um colega presente no evento. Apesar do descontentamento, a testemunha relatou que Henrique não aparentava estar fora de controle antes do encontro.
Após os anúncios realizados pelo secretário-adjunto Adilson Moreira, que também se colocou à disposição para conversas individuais, a dinâmica na sala mudou. A testemunha, que tinha uma posição especial dentro da Guarda Civil, foi um dos primeiros a se encontrar em particular com o secretário. Infelizmente, Henrique ficou entre os últimos a ser atendido, o que precedeu o trágico desfecho do dia.
Depois da reunião, a testemunha se despediu de seus colegas e saiu do local. Quando Henrique finalmente foi recebido por Adilson, a testemunha já havia deixado a prefeitura. Poucos minutos após sua saída, ele recebeu a chocante notícia sobre os disparos de arma de fogo e rapidamente retornou ao local. Segundo ele, Henrique sempre havia demonstrado uma natureza tranquila e pacífica, o que contrasta fortemente com os eventos que se desenrolaram a seguir.
Henrique Marival de Sousa foi detido imediatamente na cena do crime, que se desenrolou em uma sala trancada onde os dois homens passaram cerca de uma hora e meia juntos. Durante esse tempo, ocorreram pelo menos dez disparos de arma, transformando um momento de discussão em uma tragédia. As investigações iniciais lideradas pelo coronel da PM, Valmor Racorti, do Grupo de Ações Táticas Especiais (gate), apontaram que a motivação para o ataque estava ligada a desavenças tanto pessoais quanto profissionais entre os indivíduos envolvidos.
A Polícia Civil rapidamente apreendeu diversas evidências da cena, incluindo a arma usada no crime – uma pistola Taurus calibre .40 – junto com dois carregadores, um coldre e munição. Além disso, um celular de Henrique e um simulacro de arma de fogo, encontrado em sua mochila dentro do veículo, foram confiscados. Também foi descoberto um armamento de calibre .40 na residência da vítima, Adilson Moreira.
Este evento foi formalmente registrado como homicídio no 5º Distrito Policial de Osasco e chocou a comunidade local, que está atenta ao desdobramento deste caso sério e trágico.
**Quem é Henrique Marival de Sousa**
Henrique Marival de Sousa, Guarda Civil de 1ª Classe desde 2015, é descrito pelas pessoas que o conhecem como uma pessoa calma e centrada. Casado e pai, ele tornou-se o centro de uma situação que gera debate sobre questões de saúde mental e manejo de conflitos no ambiente de trabalho.
**Quem é Adilson Custódio Moreira**
Por outro lado, Adilson Custódio Moreira, nascido em 12 de janeiro de 1971 em Jequitinhonha, Minas Gerais, construiu uma carreira robusta em segurança pública. Atraído pela vida pública, Moreira atuou em várias funções dentro da Guarda Civil de Osasco, incluindo motorista e coordenador, até se tornar secretário de Segurança e Controle Urbano em 2018. No entanto, sua trajetória na administração pública foi marcada por desafios e mudanças, culminando em sua recente participação como secretário-adjunto, quando foi alvo da violência inesperada que deixou um rastro de dor na comunidade.
Essa situação complexa e trágica ressalta a importância de diálogos abertos e estratégias de resolução de conflitos dentro das instituições públicas, visando à manutenção da segurança e do bem-estar de todos os profissionais envolvidos.