Uma tragédia chocante abalou a cidade de Porto Esperidião, em Mato Grosso, no último sábado (14/09), quando a jovem candidata a vereadora Rayane Alves, de 25 anos, e sua irmã, Rithiely Alves, de 28 anos, foram brutalmente assassinadas. O crime, que envolveu sequestro e tortura, teria sido motivado por uma foto publicada por Rayane em suas redes sociais. De acordo com a polícia, a imagem, que mostrava as irmãs e familiares em um dia de lazer no Rio Jauru, expressava alegria e união, mas, segundo um grupo criminoso, tinha a ver com uma suposta associação ao Primeiro Comando da Capital (PCC), uma facção paulista, simbolizada pelo gesto de “três” com os dedos.
Investigadores apontam que as irmãs e dois amigos estavam aproveitando um festival de pesca quando foram abordados por um grupo de nove indivíduos — sete homens e duas mulheres. O quarteto foi levado a uma residência na Rua Marechal Cândido, no centro da cidade, onde enfrentaram momentos de terror. Os bandidos vasculharam os celulares das jovens e, em seguida, iniciaram uma série de torturas. Ao mesmo tempo, exigiram de familiares um resgate de R$ 100 mil para liberar as vítimas. O cenário de horror culminou em um assassinato cruel, em que Rayane e Rithiely foram mortas com golpes de faca, enquanto um dos amigos escapou para buscar ajuda.
Após conseguir pular o muro do local onde estavam sendo mantidos em cativeiro, o jovem correu desesperadamente até a delegacia para relatar o que havia ocorrido. Ele revelou que os sequestradores afirmaram pertencer a uma facção criminosa e alegaram que a motivação para o crime era a foto de Rayane postada em suas redes sociais apenas quatro dias antes do sequestro. A suposta identificação do sinal feito por elas na imagem foi imediatamente considerada uma possível razão central da brutalidade.
A cena do crime foi descrita como devastadora pelos policiais. Ao analisarem o cativeiro, encontraram evidências de tortura, incluindo pedaços de dedos e mechas de cabelo das vítimas, além dos corpos das irmãs. As autoridades acreditam que os criminosos já haviam se evadido do local, mas rapidamente realizaram diligências e conseguiram prender seis suspeitos, juntamente com três adolescentes, em Porto Esperidião e na cidade vizinha Cáceres. Esses indivíduos serão indiciados por crimes graves, como sequestro, tortura e homicídio duplo, enquanto os adolescentes enfrentarão acusações correspondentes a atos infracionais.
O impacto desse assassinato brutal gerou uma onda de consternação entre os moradores da cidade e amigos da família. O velório das irmãs aconteceu neste domingo (15/09), em Glória d’Oeste, e foi marcado por homenagens emocionantes de parentes e amigos, refletindo a perda incomensurável que a comunidade enfrenta. A dor causada por essa tragédia é iminente, e a investigação prossegue na busca pela verdade e pela justiça que Rayane e Rithiely merecem.
Este caso ressalta a urgência em enfrentar a violência ligada ao crime organizado e a necessidade de proteção para os jovens. A polícia mato-grossense está empenhada em esclarecer todos os detalhes do crime, enquanto a dor da perda se transforma em um chamado à ação pela segurança e bem-estar das comunidades. A história de Rayane e Rithiely deve servir de alerta para todos, impulsionando uma reflexão profunda sobre os impactos da criminalidade e a importância de ambientes seguros para todos os cidadãos.
A luta por justiça se intensifica e a memória das irmãs será sempre celebrada como símbolo de amor familiar e resistência contra a violência.