Captura de George Washington de Oliveira Sousa
George Washington de Oliveira Sousa, um homem de 57 anos, foi detido pela Polícia Federal (PF) em uma operação ordenada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A prisão ocorreu no Guará, Distrito Federal, na terça-feira, 9 de setembro. Washington já era um nome conhecido pelas autoridades, tendo sido condenado anteriormente por sua participação em um plano de explosão no aeroporto Internacional de Brasília, incidente que ocorreu na véspera do Natal de 2022.
As investigações revelaram que ele foi responsável pela montagem de um artefato explosivo, que posteriormente foi entregue a Alan Diego dos Santos Rodrigues. Este último repassou a bomba a Wellington Macedo de Souza, que a colocou no eixo traseiro de um caminhão-tanque estacionado em frente ao terminal. O caminhão, com capacidade para 60 mil litros, estava carregado com querosene de aviação. O plano foi frustrado quando o motorista do veículo identificou o artefato e alertou as autoridades competentes.
Na primeira detenção, ocorrida na noite de 24 de dezembro de 2022, George Washington estava armado e possuía um arsenal de explosivos. Natural do Pará, ele confessou que sua intenção era realizar um atentado durante a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República. Em seu testemunho à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), ele declarou estar “pronto para matar ou morrer” em nome de seus objetivos.
Após ser julgado, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) impôs a ele uma pena de 9 anos, 8 meses e 7 dias de reclusão, pelos crimes de expor a perigo a vida e integridade física de terceiros, causando incêndio em material inflamável e porte ilegal de armas e explosivos. Ele estava cumprindo pena em regime aberto até a sua recente prisão.
O desdobramento da sua captura se deu em razão de uma ação que tramita no STF, onde ele é acusado de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e atentado contra a segurança de transporte aéreo. O pedido de prisão preventiva foi feito pela Procuradoria Geral da República (PGR) e aceito por Moraes em 25 de junho de 2025.
No despacho, o ministro Alexandre de Moraes destacou que George Washington pretendia provocar um “terror social e generalizado” com o explosivo instalado próximo ao aeroporto Internacional de Brasília. “Existem, portanto, evidências substanciais de risco concreto de novos delitos”, afirmou Moraes, referindo-se ao descumprimento das medidas cautelares que lhe foram impostas e à tentativa de fuga após a prática de seus crimes.