O documentário “Pra Sempre Paquitas” continua gerando repercussão intensa e levantando diversos dilemas sobre a vida das ex-assistentes de Xuxa. Desde o seu lançamento, várias questões surgiram, e as integrantes desse icônico grupo estão sendo frequentemente questionadas pela mídia e pelo público. Gisele Delaia, que fez parte da nova geração das Paquitas, decidiu compartilhar suas impressões de maneira franca e direta.
Recentemente, veio à tona uma revelação surpreendente: a ex-diretora Marlene Mattos soube por meio de um telegrama anônimo que as Paquitas estavam se organizando para escrever um livro. Essa informação levou a um desdobramento drástico – uma demissão em massa das assistentes. Gisele, em sua postagem, afirmou: “Estão até perguntando a mim quem enviou o telegrama. Eu sei quem foi… Brincadeira, não sei. Escrevi isso só para ver se você já cumpriu suas tarefas hoje ou se está apenas perdendo tempo como eu. Vamos viver, gente! Vocês não estão ganhando nada com isso”, desabafou, revelando que atualmente reside no Canadá com seu marido e dois filhos.
A ex-paquita foi além e comentou sobre o panorama do documentário: “Todos já sabem por que esse documentário foi feito, então vamos parar com a hipocrisia. Eu, pelo menos, já tinha conhecimento disso e ainda assim aceitei participar. Minha vida não vai mudar por conta desse projeto, nem emocionalmente e nem financeiramente”, assegurou Gisele. Ela pediu que cessem as perguntas sobre sua participação no documentário e ressaltou que, apesar de sua presença marcante no projeto, sentia que merecia mais reconhecimento.
Delaia continuou: “Entretanto, o ser humano é intrinsecamente passional e os traumas existenciais estão presentes na vida de todos, independentemente da idade ou maturidade. Sempre soube que o documentário tomaria esse rumo, e quem não percebia isso, claramente subestimava a situação. Participei, pois queria dar voz à minha geração, que já foi ofuscada pelo sistema que governos e produções impuseram”.
Em um tom enfático, Gisele expressou sua percepção sobre o documentário: “Vários indivíduos estão se beneficiando do sucesso desse projeto? Com certeza! Que tirem o máximo proveito disso, esse é o seu momento de brilhar. Eu prefiro, por enquanto, brilhar na tranquilidade da minha vida canadense”, concluiu, enfatizando a busca pelo equilíbrio em sua nova rotina.
Em sua mensagem final, Gisele abordou a questão da desvalorização das Paquitas ao longo dos anos: “Agradeço a todos que possibilitaram minha participação, respeitaram meu espaço. Quanto àqueles que sustentam que as Paquitas foram apenas da geração Xou, que se danem, eu fui e você não. Para o público que apoia a Nova Geração, estamos juntos!”. Ao finalizar, fez um apelo aos seguidores para que salvassem sua mensagem, indicando que estava encerrando aquelar conversa com um toque de humor e personalidade.
A história das Paquitas não se resume a momentos de glória. No auge do seu sucesso, elas tiveram suas vidas pessoais narradas de forma não autorizada em um livro, o que levou a controvérsias. Essa obra não recebeu permissão da ex-diretora Marlene Mattos nem de seus responsáveis, uma vez que as assistentes eram menores de idade na época. O que se iniciou como uma proposta de uma peça teatral idealizada por um ex-diretor da TV globo, João Henrique Schiller, se transformou em uma polêmica enorme quando Marlene tomou conhecimento da situação e causou um tumulto que culminou na demissão dessas ex-assistentes.
As ex-participantes, em retrospectiva, relatam a gama de emoções que vivenciaram durante esse período. priscilla Couto, uma das integrantes, recordou: “É verdade que éramos Paquitas, mas também vivemos experiências humanas, como o nosso primeiro beijo, e até momentos de tristeza”. priscilla ainda destacou que o livro que resultou da situação foi considerado não autorizado, já que suas mães nunca concordaram com a publicação.
A atual produção documental “Pra Sempre Paquitas” busca revisitar essa narrativa e oferecer uma nova perspectiva sobre a trajetória dessas mulheres. No entanto, não é fácil para todas elas lidarem com a memória repleta de trabalho sob pressão e a busca pelo reconhecimento em meio a um sistema que as marginalizou. As recentes ausências de algumas Paquitas no lançamento do documentário, que ocorreu no Shopping do Rio de Janeiro, demonstra a complexidade dessa relação com a fama e os desafios enfrentados ao longo dos anos.
O cenário do lançamento foi marcado por uma certa “blindagem”, já que muitos veículos de comunicação foram impedidos de ter acesso ao evento. A série, composta por cinco episódios, foi disponibilizada na plataforma da globo no dia 16 de setembro, intensificando ainda mais a discussão sobre a representação e a história das Paquitas, que continua a inspirar e instigar o público. Essa narrativa rica e multifacetada merece ser explorada em profundidade, revelando os bastidores desse icônico grupo que, apesar dos desafios, lutaram para ser mais do que apenas rostos conhecidos na televisão brasileira.