**Ex-BBB Hana Khalil Relata Zero Tolerância à Importunação Sexual em restaurante**
No último domingo, 16 de fevereiro, a ex-participante do Big Brother Brasil, Hana Khalil, abriu um desabafo impactante em suas redes sociais. Em um momento que deveria ser de distração após a perda de sua avó, a influenciadora se viu diante de uma situação avassaladora. Hana foi vítima de importunação sexual enquanto estava em um restaurante localizado nas proximidades de sua casa. O ato criminológico foi cometido por um homem aparentemente na faixa dos 60 anos, que fez questão de expor seu órgão genital para a influenciadora.
Hana, que já enfrentava o desafio emocional do luto, relatou sua experiência com uma mistura de tristeza e indignação: “Além da dor da perda da minha avó no sábado, no dia seguinte passei por uma situação constrangedora e traumática. Eu hesitava em compartilhar isso, mas sabia que era importante. Era um domingo tranquilo, e eu fui a um restaurante novo com meu namorado, Dani, na esperança de relaxar e me distrair um pouco”, explicou emocionada, destacando a fragilidade que frequentemente acompanha aqueles que vivem um processo de luto. “Estar em luto faz com que nossa mente fique confusa e nosso corpo completamente dormente.”
Hana continuou detalhando os eventos que desencadearam sua vivência de imensa tensão. Ela ressaltou que estava imersa em seus pensamentos sobre sua avó e sua família, o que a deixava em um estado emocional distante da situação à sua volta. “Eu nem percebi que o homem estava tão próximo. Dani estava na minha frente, fazendo palhaçadas para tentar me fazer rir. Estávamos tentando criar um clima leve, enquanto eu tentava me distrair da dor. Foi então que, ao olhar rapidamente, me deparei com esse homem—ele estava afastando seu short e me mostrando suas partes íntimas”, disse Hana, relatando a indignação que sentiu.
A ex-BBB revelou que todo homem e mulher que já passaram por essa situação sabe exatamente “aquela cena terrível”—o olhar incisivo e avassalador que analisa cada detalhe do corpo, como se fosse um mero objeto, sem respeitar a dignidade e a integridade da pessoa. Hana retratou a situação com clareza: “Ele olhava para mim e, ao mesmo tempo, aproximava suas pernas, como se quisesse forçar uma interação que eu nunca desejei.”
A reação de Hana ao perceber o que estava acontecendo foi de espanto e incredulidade. “Naquele momento, pensei que não poderia acreditar que isso estava acontecendo comigo, especialmente agora”, relembrou. Hana sabe como as circunstâncias de tais agressões muitas vezes vão além do ato em si—ela entendeu que, por ser uma mulher que vive em uma sociedade onde esses atos são frequentemente relativizados, poderia ter que comprovar sua experiência para ser levada a sério.
“E tudo isso durou cerca de 20 minutos. O homem mostrava seu ato e, em seguida, parava. Decidi então pegar meu celular e fingir que estava tirando fotos, enquanto estava na verdade filmando o que estava acontecendo. Isso foi crucial para que eu tivesse um registro da agressão”, compartilhou, enfatizando a importância de documentar tais comportamentos.
Após gravar a situação, Hana relatou que o suspeito fugiu rapidamente do local, e a equipe de segurança do restaurante não conseguiu contê-lo. Com uma combinação de tristeza e resiliência, ela fez um boletim de ocorrência, mesmo enfrentando os desafios emocionais do luto, o que, por si só, exigia uma força extraordinária. “É doloroso ter que fazer isso em um momento de perda, mas não poderia deixar de notificar para que outras pessoas não passem pelo mesmo”, afirmou.
Ao finalizar sua declaração, Hana expressou sua preocupação e solidariedade com outras mulheres que podem enfrentar situações semelhantes: “É vital que nós, como mulheres, tentemos gravar essas situações para que possamos ter uma maneira de nos defender e não ficarmos sem provas. Se eu não tivesse gravado, o que teria acontecido? Infelizmente, muitas mulheres enfrentam ataques dessa natureza. Precisamos agir, precisamos desmistificar o silêncio que as rodeia. Essa é a batalha que muitas de nós encaramos diariamente para garantir segurança dentro de espaços públicos.”
Por meio de sua narrativa, Hana fez um apelo para que outras mulheres se sintam incentivadas a relatar suas experiências de agressões, enfatizando a importância de fortalecer a comunicação sobre esse tipo de crimes e apoiar as vítimas. Essa atitude de compartilhamento é um passo crucial para transformar a realidade muitas vezes silenciada de mulheres em todo o mundo.