Crítica de Jason Miller a Lula
O ex-estrategista de comunicação de Donald Trump, Jason Miller, fez uma contundente crítica ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (6/8). Em uma postagem na rede social X (anteriormente conhecida como Twitter), Miller se referiu a Lula como o “Biden dos trópicos”, afirmando que seu cérebro se assemelha a “uma banana amassada.” Essa declaração surgiu em resposta a uma entrevista do petista à agência de notícias Reuters, onde Lula declarou que não desejava se “humilhar” ao discutir o tarifaço imposto por Trump a produtos brasileiros.
A frase de Miller é um eco de uma retórica que tem sido comum entre os aliados de Trump, que frequentemente utilizam o nome de Joe Biden de forma pejorativa, insinuando confusão mental ou fragilidade cognitiva. Essa estratégia retórica ganhou notoriedade durante a campanha presidencial dos Estados Unidos em 2024, quando muitas vozes republicanas levantaram dúvidas sobre a saúde física e mental do então presidente democrata.
Postura Polêmica nas Redes Sociais
Além das críticas direcionadas a Lula, Jason Miller tem se mostrado bastante ativo nas redes sociais em relação à política brasileira. Recentemente, na segunda-feira (4/8), ele publicou uma imagem que retrata o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de algemas. A fotografia mostra um manifestante com uma máscara do magistrado e as mãos algemadas, acompanhada pela legenda: “Cenas de Fortaleza (CE)”. Para Miller, a imagem representa uma manifestação em apoio ao impeachment de Moraes.
No domingo (3/8), o ex-assessor de Trump também repostou fotos e vídeos de atos políticos que ocorreram no Brasil, demonstrando seu engajamento com a situação política do país. Nascido e criado em Washington, Miller tem buscado se reunir com integrantes da Casa Branca para discutir possíveis punições a Moraes.
Histórico de Conflitos
Esse não é o primeiro embate entre Miller e o sistema judiciário brasileiro. Em 2021, por ordem de Moraes, o empresário foi detido no Aeroporto Internacional de Brasília para um interrogatório conduzido pela Polícia Federal (PF). Naquela ocasião, ele estava no Brasil promovendo sua rede social, o Gettr, durante a Conferência da Ação Política Conservadora (CPAC), evento organizado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro. Durante sua estadia, Miller teve encontros com Bolsonaro no Palácio do Itamaraty.
O ex-estrategista foi ouvido pela PF por cerca de três horas em um inquérito que apura a incitação de atos antidemocráticos. Após o depoimento, ele foi liberado e retornou aos Estados Unidos. A rede social Gettr, que foi criada por ele, tinha como objetivo reunir membros da direita em um espaço digital que, segundo críticos, carecia de moderação, especialmente em questões relacionadas à desinformação e incitação à violência.