Durante o debate promovido pela tv cultura neste domingo, 15, o clima esquentou entre os candidatos à Prefeitura de são paulo. O jornalista José Luiz datena, representando o PSDB, desferiu uma agressão física contra o adversário pablo marçal, do PRTB, ao golpeá-lo com uma cadeira, em resposta a provocações feitas pelo empresário durante um dos embates. A transmissão do debate foi abruptamente interrompida, mas imagens dos acontecimentos nos bastidores rapidamente viralizaram nas redes sociais, gerando uma nova onda de repercussões.
Antes do incidente protagonizado por datena, o mediador do debate, o jornalista Leão Serva, demonstrou preocupação ao perceber que o candidato tucano se afastava de seu púlpito. Ele gritou “não, datena!” em um tom de alerta, enquanto o ex-apresentador de televisão se dirigia com uma cadeira na mão em direção ao ex-coach, que estava posicionado em um dos lados do estúdio. O também candidato Ricardo Nunes, do MDB, foi visto tentando conter a fúria de datena ao segurar seus braços, numa tentativa de evitar uma escalada ainda maior do conflito.
No calor do debate, marçal havia provocado datena ao comentar sobre uma situação anterior, em que o tucano teria se aproximado dele durante uma discussão na TV Gazeta, mas não teria demonstrado coragem para entrar em uma briga direta. Foi nesse momento que datena perdeu o controle e avançou contra marçal, resultando na interrupção da transmissão, que foi marcada por gritos e ofensas mútuas. O agressor, em meio aos xingamentos, chegou a chamar marçal de “vagabundo”, enquanto Serva tentava colocar ordem no tumulto, pedindo que datena se sentasse. “Senta na cadeira e chega!”, exclamou o mediador, em uma tentativa de restaurar a calma.
Após o incidente violento, Leão Serva declarou: “Não é possível continuar o programa depois do que aconteceu, infelizmente.” Enquanto isso, datena confrontou o mediador, questionando: “Tá tirando a mim?”. Serva, firme na decisão, respondeu: “Estou tirando você”. Na volta do intervalo improvisado, Serva anunciou a expulsão de datena do debate, enquanto marçal optou por deixar o estúdio imediatamente, devido a uma suposta emergência que o levaria ao hospital, conforme informações fornecidas pela sua assessoria.
Em uma análise mais ampla, Leão Serva descreveu a agressão como um dos episódios mais chocantes da história da televisão brasileira. Ele explicou que a agressão física de datena a marçal ocorreu após um escalado conflito verbal entre os candidatos, e que a decisão da emissora de expulsar datena do debate seguiu as regras previamente acordadas, que incluíam a possibilidade de penalidades por comportamentos inadequados. Segundo Serva, “datena cometeu três falhas graves: utilizou palavras de baixo calão e, após, partiu para uma agressão física, desviando-se do seu lugar.”
Antes da violenta interrupção, datena havia feito um desabafo contundente em resposta a uma pergunta provocativa de marçal, que trouxe à tona uma antiga denúncia de assédio sexual contra o apresentador. Durante seu discurso, datena passou a contestar a veracidade da acusação, afirmando que o caso foi arquivado pelo Ministério Público por falta de provas e que repercutiu negativamente na sua vida familiar, causando inclusive um impacto emocional devastador para sua sogra, que sofreu sérios problemas de saúde. “A acusação que você fez sobre mim eu repito: não foi investigada porque não havia provas”, afirmou o tucano, completando que a situação “custou muito” para sua família e descrevendo o impacto emocional que a acusação teve em sua vida. Em retaliação, marçal chamou datena de “arregão”, intensificando ainda mais a tensão entre os candidatos, provando que o debate havia transcendido para um embate pessoal que superou os limites do respeito político.
Esse incidente não apenas destacou a polarização política em são paulo, mas também colocou em evidência a crescente tensão nos debates eleitorais, refletindo a necessidade urgente de um ambiente mais civilizado nas discussões que envolvem a democracia e a política no Brasil.