Eduardo Cavaliere, hoje com 29 anos, é um dos principais candidatos a assumir o cargo de vice-prefeito na chapa de reeleição de Eduardo Paes no Rio de Janeiro. A trajetória de Cavaliere na política ganhou destaque desde que Paes foi eleito pela primeira vez em 2008, quando ele tinha apenas 14 anos. Inicialmente, a expectativa era que o deputado federal Pedro Paulo fosse o vice, mas ele optou por não participar da disputa eleitoral após a divulgação de um vídeo íntimo que poderia prejudicar sua campanha e vida pessoal.
Cavaliere, membro do PSD, tornou-se uma figura de confiança nas últimas administrações de Paes. Sua experiência começou a despontar em 2018, quando atuou como ajudante de ordens na campanha do atual prefeito ao governo do estado. Com uma formação sólida, tendo estudado no tradicional colégio Santo Agostinho e se formado em Direito pela Fundação Getulio Vargas (FGV), sua trajetória política tem sido marcada por cargos de destaque.
Recentemente, Cavaliere foi secretário da Casa Civil da prefeitura, um cargo chave que lhe conferiu uma visão abrangente da administração pública até o início de junho, quando foi exonerado, conforme as exigências da Justiça Eleitoral para aqueles que desejam concorrer nas eleições. Sua exoneração foi estratégica, servindo como uma alternativa a Paes caso houvesse contratempos na candidatura de Pedro Paulo. Com a desistência deste, Cavaliere se tornou o nome mais forte na linha sucessória.
Após sua participação na exitosa campanha municipal de 2020, quando Paes reassumiu a prefeitura, Cavaliere foi promovido a secretário de Meio Ambiente, cargo que ocupou até abril de 2022. Mesmo antes da eleição, ele demonstrou compromisso político ao solicitar licença para assumir a Casa Civil, um passo que consolidou sua influência na gestão municipal. Sua eleição como deputado estadual, com 33,6 mil votos, foi apenas o primeiro passo de uma trajetória ascendente.
Cavaliere é descrito por colegas como um administrador exigente, alinhado ao estilo firme de Paes, que o valoriza. Diferentemente de outros aliados que são percebidos como indecisos, Cavaliere se destaca pela assertividade — um ponto crucial em sua candidatura a vice-prefeito. O prefeito busca sua lealdade política e suas habilidades administrativas, duas características essenciais para a seleção de seu parceiro na chapa.
No entanto, essa confiança se choca com algumas insatisfações que surgem dentro da classe política, especialmente na Câmara Municipal, onde críticos apontam que, apesar de seu cargo estratégico na Casa Civil, Cavaliere não tem dado a devida atenção aos vereadores e suas demandas. Essa percepção gera um desafio em sua busca pela vice, especialmente em um contexto político onde o papel de vice-prefeito se tornou ainda mais relevante.
Com as especulações de que Paes poderá deixar um novo mandato em 2026 para concorrer ao governo do estado, a posição de Cavaliere se torna ainda mais crítica. Se ele assumir a vice-prefeitura e Paes decidir deixar o cargo, Cavaliere, com apenas 31 anos, poderá se tornar o novo prefeito do Rio. Essa possibilidade não só destaca suas capacidades de liderança, mas também coloca em evidencia a importância de construir alianças sólidas dentro da Câmara para garantir sua eficácia política.
A batalha política para a formação da chapa está apenas começando, e o que está em jogo é mais do que uma simples candidatura a vice-prefeito, mas sim o futuro político do Rio de Janeiro. A trajetória de Cavaliere, marcada por lealdade e capacidade administrativa, o posiciona como uma figura central na política carioca, capaz de fazer a diferença nas próximas eleições. O desenrolar dos eventos e a construção de pontes com aliados políticos podem definir sua ascensão ao cargo de vice-prefeito e, potencialmente, à prefeitura da cidade.