Eduardo Bolsonaro Fala Sobre sanções
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, declarou, nesta segunda-feira (21/7), que sua principal meta nas atividades que vem realizando nos Estados Unidos não era provocar tarifas de 50% ao Brasil, mas sim buscar sanções individuais contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Eduardo, em entrevista ao podcast Inteligência Ltda, criticou aqueles que acreditam que o problema pode ser resolvido apenas em termos comerciais. Ele ressaltou: “O Trump deixou claro que não é só Bolsonaro; são seus apoiadores e as big techs. O que se tem aqui é um conjunto de ações lideradas por Alexandre de Moraes, com o suporte do Lula, que está fazendo o Brasil se aproximar de tarifas de 50% a partir de primeiro de agosto. Essa não era minha intenção; sempre trabalhei por sanções individuais direcionadas ao Moraes.”
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O filho 03 de Bolsonaro tem circulado pelos corredores da Casa Branca desde março, buscando apoio das autoridades americanas contra o ministro do STF. Ele também está sob investigação da Polícia Federal, que analisa suas movimentações nos Estados Unidos. Recentemente, Moraes atendeu a um pedido da corporação, que solicitou mais 60 dias para concluir as investigações sobre Eduardo Bolsonaro, suspeito de obstrução de Justiça.
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De acordo com Eduardo Bolsonaro, “a ideia inicial sempre foi sancionar o Alexandre de Moraes e, caso isso não surtisse efeito, considerar outras autoridades, visto que ele age com o respaldo de outras instâncias.” O deputado ainda fez uma comparação com a trajetória política de Donald Trump, afirmando que o Brasil já se encontrava na rota de tarifas, mesmo antes das atuais ameaças, uma vez que Moraes estaria agindo de forma similar ao que aconteceu com Trump nos EUA.
“Eu me atreveria a afirmar que as tarifas já estavam a caminho do Brasil. Alexandre de Moraes tem descumprido a lei, promovendo perseguições que se assemelham às que Trump enfrentou. Acredito que o Brasil já estava na linha de frente, considerando que ele tem imposto tarifas a diversos países, sem antes ter cobrado do Brasil”, destacou o parlamentar.
Eduardo também mencionou que questões comerciais devem ser vistas como um fator secundário, revelando sua preocupação com o tratamento desigual que o Brasil recebeu em relação a outros países. “O Brasil acabou sendo alvo de tarifas maiores do que outros, e isso se deve ao que está contido na carta do Trump. Ele não aborda tanto a questão comercial nesse documento enviado ao Lula. Ele fala, antes de tudo, da perseguição política, da caça às bruxas e da regulamentação das plataformas de redes sociais, além das questões de censura que têm origem no STF, especialmente nas ações do Alexandre de Moraes. É evidente que eu gostaria que não estivéssemos enfrentando uma situação como essa”, finalizou.