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    Início » DNA do “Homem Dragão” revela a identidade de um enigmático grupo de humanos ancestrais
    Cultura

    DNA do “Homem Dragão” revela a identidade de um enigmático grupo de humanos ancestrais

    19/06/2025
    dna do 22homem dragao22

    Um crânio quase completo, recuperado de um poço na cidade de Harbin, localizada no nordeste da China, possui uma idade estimada em pelo menos 146.000 anos. Este fóssil intrigante, encontrado em 2018, não se encaixa em nenhuma das espécies humanas conhecidas, gerando grande curiosidade entre os cientistas. Recentemente, pesquisadores acreditam ter descoberto onde esse crânio se insere na árvore evolutiva humana, sugerindo que ele pode ser uma chave para desvendar mais um mistério sobre a evolução do homem.

    Após diversas tentativas que não lograram êxito, a equipe de cientistas conseguiu extrair material genético do crânio fossilizado, que foi apelidado de “Homem Dragão”. Essa descoberta revela uma ligação com um grupo de hominídeos primitivos chamado denisovanos. Até esse momento, somente uma dúzia de fragmentos ósseos de denisovanos havia sido identificado através de análises de DNA antigo, mas o tamanho reduzido desses achados não oferecia muitas informações sobre a aparência e as características desta população enigmática, que ainda não possui um nome científico oficialmente reconhecido.

    Os crânios, com suas características salientes e cristas marcantes, são frequentemente considerados os fósseis mais valiosos para entender a morfologia e a aparência de espécies extintas de hominídeos. As novas descobertas, se confirmadas, podem finalmente proporcionar uma representação visual dos denisovanos, que até agora permaneciam como uma incógnita.

    “Sinto que conseguimos esclarecer uma parte do mistério sobre essa população”, afirmou Qiaomei Fu, professora do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia da Academia Chinesa de Ciências, em Pequim, e líder da pesquisa. “Após 15 anos, temos nosso primeiro crânio denisovano”, completou.

    Os denisovanos foram identificados pela primeira vez em 2010 por uma equipe de pesquisa que incluía Fu, que na época era uma jovem cientista no Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, na Alemanha. A descoberta inicial derivou da análise de DNA antigo retirado de um fragmento de dedo encontrado na Caverna Denisova, situada nas Montanhas Altai, na Rússia. Desde então, restos adicionais recuperados da mesma caverna, assim como de outros locais na Ásia, têm contribuído gradualmente para montar o quadro ainda incompleto sobre este grupo humano.

    A nova pesquisa, publicada em dois artigos científicos, promete ser um marco na paleoantropologia, gerando discussões relevantes para o futuro. Especialistas, como Ryan McRae, paleoantropólogo do Museu Nacional de História Natural Smithsonian em Washington, DC, acreditam que essas descobertas vão estimular debates significativos na área por um longo período.

    Essas evidências podem ajudar a esclarecer um período em que o Homo sapiens não era a única espécie humana a habitar a Terra, proporcionando insights valiosos sobre a convivência entre humanos modernos, denisovanos e neandertais. Durante milênios, essas espécies coexistiram e até se cruzaram geneticamente, resultando em um legado que persiste na genética da maioria dos humanos atuais. Embora os fósseis de neandertais tenham sido objeto de estudo há mais de um século, ainda há muito a descobrir sobre os denisovanos, e a análise desse crânio fossilizado pode oferecer respostas significativas.

    A história do crânio do Homem Dragão remonta a 1933, quando um trabalhador de Harbin o encontrou enquanto construía uma ponte sobre o rio Songhua. Durante a ocupação japonesa, ele escondeu o crânio no fundo de um poço para protegê-lo. O fóssil permaneceu desconhecido por décadas, até que seus familiares souberam de sua existência pouco antes de sua morte. A família decidiu doar o crânio à Universidade GEO de Hebei, onde foi estudado e datado em 2021, revelando sua impressionante idade.

    Os pesquisadores, ao analisarem o crânio, argumentaram que ele merecia ser classificado como uma nova espécie, nomeando-o de Homo longi, em referência à província de Heilongjiang, onde foi encontrado. No entanto, surgiram debates sobre sua classificação, com alguns especialistas sugerindo que poderia ser um denisovano, enquanto outros o agruparam a fósseis de difícil categorização.

    A extração de DNA antigo do crânio era um desafio, uma vez que existem apenas quatro sítios no mundo com mais de 100.000 anos onde DNA antigo foi recuperado. Após várias tentativas, a equipe finalmente conseguiu extrair DNA mitocondrial a partir do cálculo dental, que revelou uma conexão com o genoma conhecido dos denisovanos. Embora o DNA mitocondrial forneça informações limitadas em comparação ao DNA nuclear, ele é crucial para entender a herança genética.

    A equipe também conseguiu recuperar fragmentos de proteínas do osso petroso, reforçando a associação do crânio com os denisovanos. Essas descobertas não apenas aumentam a certeza sobre a classificação do crânio de Harbin, mas também abrem portas para um entendimento mais profundo da diversidade dos hominídeos.

    Com o crânio do Homem Dragão agora vinculado aos denisovanos, espera-se que os paleoantropólogos consigam classificar outros restos encontrados na China e em outras partes do mundo. A possibilidade de renomear os denisovanos como Homo longi representa um avanço significativo na compreensão da evolução humana, embora o termo “denisovano” provavelmente continue a ser utilizado como um apelido popular.

    Essas novas informações também oferecem pistas sobre a aparência dos denisovanos, sugerindo que eles tinham características marcantes, como sobrancelhas proeminentes e um tamanho de cérebro semelhante ao dos neandertais e humanos modernos. Em suma, os denisovanos eram robustos e imponentes, possuindo uma aparência que ainda poderia ser identificada como humana.

    Como resultado, os denisovanos, que antes eram considerados os primos mais misteriosos do Homo sapiens, agora estão um passo mais perto de serem compreendidos, embora ainda haja muito a ser explorado sobre sua história e suas interações com outras espécies humanas.

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