Ao planejar uma viagem para as próximas Olimpíadas em Los Angeles, é crucial compreender como gerenciar suas finanças de maneira eficaz. A maior parte dos recursos deve ter como base as reservas já estabelecidas, em vez de depender exclusivamente dos rendimentos obtidos com investimentos. Para garantir que seu dinheiro poupado mantenha seu valor e não enfrente perdas, a abordagem ideal é adotar uma mentalidade conservadora: priorize a proteção dos seus fundos e minimize os riscos associados. Isso envolve aceitar um nível de liquidez que se estenda até quatro anos e buscar retornos modestos, dentro de um escopo seguro.
A pergunta que muitos se fazem é sobre quanto dinheiro guardar para essa grande aventura. Considerando que todas as despesas na jornada para assistir aos jogos serão em dólares, é essencial que os viajantes lutem contra a volatilidade dessa moeda. A recomendação é comprar dólares periodicamente, de modo a diluir os efeitos das flutuações cambiais ao longo do tempo. A analise das despesas também é um ponto crucial. Uma estimativa apresenta uma viagem econômica que pode variar em torno de R$ 14.438,48, enquanto uma opção mais confortável pode atingir valores na faixa de R$ 48.820,59, levando em conta um cenário de rendimento anual conservador de 4%. Este percentual se mostra razoável e alinhado com as metas de curto e médio prazo, considerando um período de 46 meses, com início em setembro de 2024 e término em junho de 2028.
No que diz respeito ao montante necessário para a poupança mensal, estudos indicam que será preciso reservar aproximadamente R$ 290,40 por mês na opção econômica e R$ 981,93 mensais para a opção de maior conforto, durante todo o período citado. Portanto, a escolha de onde guardar o seu dinheiro é uma decisão fundamental neste processo. Os consultores de finanças, como Luan Andrade, sugerem que o planejamento financeiro deve ser adaptado ao perfil do investidor, que pode variar entre conservador, moderado e arrojado.
Para aqueles que se identificam com um perfil mais conservador e que podem não ter experiência significativa no mercado financeiro, recomenda-se direcionar os investimentos em produtos de renda fixa, como CDBs, LCIs e Tesouro Direto, priorizando os pós-fixados, que tendem a oferecer maior segurança e estabilidade. Por outro lado, investidores com uma abordagem moderada, que já possuem alguma familiaridade com renda fixa, mas ainda não estão confortados com a renda variável, devem considerar uma alocação em prefixados para maximizar o potencial de retorno.
Finalmente, para aqueles que não tem medo de riscos e já possuem um conhecimento mais profundo em relação ao mercado financeiro, o ideal é diversificar a carteira incluindo fundos de investimento e produtos de renda fixa atrelados ao dólar, em conjunto com as opções de renda fixa nacional.
Cada vez mais brasileiros estão buscando aprimorar sua educação financeira e, assim, alcançar a tão almejada “medalha de ouro” em suas finanças pessoais. Um bom começo é rever a opção de investir na tradicional poupança — que, por muitas décadas, foi a escolha preferida entre os brasileiros — e considerar alternativas que oferecem melhor rentabilidade. Explorar opções com maior liquidez, que rendem até 100% do CDI, pode fazer a diferença. O tempo é um aliado poderoso quando se trata de investir: quanto mais cedo você inicia suas aplicações, mais efeitos positivos da capitalização você caminha para alcançar. Junto a isso, com um retorno maior, menos capital é necessário para alcançar as metas estabelecidas.
Ao expandir para o investimento em dólar, os cidadãos podem considerar os ETFs, que são fundos de índice que seguem a renda fixa nos Estados Unidos e o desempenho da Bolsa de Valores americana. A estratégia sugerida é manter uma carteira que contemple cerca de 75% em renda fixa e 25% em renda variável, diversificando entre ETFs americanos e BDRs brasileiros, que replicam esses índices. Essa abordagem considera que 78% das despesas irão ocorrer no Brasil, como na contratação de agências de viagem, enquanto 22% das despesas diretas serão realizadas em dólares, englobando alimentação, hospedagem e transporte em Los Angeles. Para garantir segurança e potencial de crescimento, recomenda-se alternativas como os ETFs SHV e SHY, que seguem títulos do Tesouro dos EUA, em combinação com investimentos em IVV, um ETF do índice S&P 500, que dilui riscos em mais de 500 das maiores empresas dos Estados Unidos.