Decisão em Jogo
Nesta terça-feira, dia 5 de agosto, o futuro de Adriana Villela será decidido pelos ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A arquiteta, que já cumpriu uma condenação de 61 anos por ser considerada a mandante de um triplo homicídio, conhecido como Crime da 113 Sul, aguarda a análise do seu caso que promete ser decisiva.
O julgamento inicia com um placar de 1 a 0 favorável à execução imediata da prisão. Em março deste ano, o STJ havia dado início à avaliação do processo. Contudo, a análise foi interrompida após um pedido de vista do ministro Sebastião Reis Junior, que preside a Turma.
Naquela ocasião, o relator do caso, o ministro Rogerio Schietti Cruz, votou pela prisão imediata de Villela, respaldando a decisão do Tribunal do Júri. Após o voto do relator, Reis Junior pediu vista, o que adiou a decisão sobre o futuro da arquiteta. Hoje, Reis apresentará seu voto-vista e, na sequência, os demais ministros compartilharão suas posições sobre o caso.
Ordem de Votação
Durante a sessão, a ordem de votação será a seguinte: inicialmente, Sebastião Reis apresentará seu voto; em seguida, o ministro Antônio Saldanha passará a sua análise; depois, o desembargador Otávio de Almeida Toledo; e, por último, o ministro Og Fernandes. Cada voto pode impactar diretamente o destino de Adriana Villela.
Manutenção da Condenação
Se a maioria dos ministros decidir pela manutenção da condenação de Adriana, o processo seguirá para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), que deverá executar sua prisão imediata. Essa decisão estaria em conformidade com o que foi pedido pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e o Ministério Público Federal (MPF), além da assistência à acusação. O MPDFT, em particular, espera que o STJ mantenha o voto do relator.
Anulação do Júri
Outra possibilidade em análise é a aceitação do pedido de anulação do Tribunal do Júri por parte da defesa de Adriana. Seus advogados, Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, e Marcelo Turbay, argumentaram que houve parcialidade de uma das juradas. Essa jurada se manifestou nas redes sociais contra o advogado de defesa e teria mentido perante o juiz durante o processo.
Além disso, a defesa sustenta que a investigação foi realizada de forma inadequada, não levando em conta provas que poderiam inocentar Adriana. Eles mencionam que, na hora em que a acusação afirma que ela estava na casa dos pais, Adriana enviou um e-mail a amigos utilizando seu computador, provando, segundo os advogados, que ela não poderia ter cometido o crime.
Caso os ministros acolham a defesa, o Júri será anulado e o processo deverá ser reiniciado no TJDFT, o que representa uma nova oportunidade para a arquiteta.
Possibilidade de Novo Pedido de Vista
Ainda há a alternativa de um novo pedido de vista, que pode ser feito segundo o Regimento Interno do STJ. Tal regimento permite até dois pedidos de vista, sendo que o segundo é tratado como “vista coletiva”. O prazo para análise é de 60 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias. Após o segundo pedido, a possibilidade de pausa no processo se extingue. Isso significa que a situação de Adriana Villela ainda pode ser adiada uma vez mais.
Este caso, que já atraiu a atenção do público e da mídia, seguirá em foco nos próximos dias, à medida que a decisão se aproxima. O que resta agora é aguardar o desfecho dessa história, que tem gerado tanta repercussão na sociedade.