universidade Busca Resolver Questões de Financiamento

A universidade Columbia firmou, na última quarta-feira (23/7), um acordo com a administração de Donald Trump, no qual concordou em pagar uma multa de US$ 200 milhões, algo em torno de R$ 1,1 bilhão. O entendimento surge em resposta às alegações do governo de que a instituição não tomou medidas adequadas para evitar o assédio a estudantes judeus, segundo informações divulgadas em um comunicado oficial.

Como parte deste acordo, Columbia se compromete a restabelecer as bolsas de pesquisa que haviam sido suspensas. Além disso, a universidade deverá seguir rigorosamente as leis que proíbem a discriminação racial em processos de admissão e contratação. Este compromisso inclui medidas adicionais que visam reduzir atos de antissemitismo e agitação no campus, acordadas desde março deste ano.

Acordo Encerrará Investigações em Curso

O entendimento com o governo encerra mais de seis investigações de direitos civis que estavam em curso na universidade. Para garantir a execução do acordo, um monitor independente, escolhido por ambas as partes, será responsável por reportar o progresso das ações ao governo a cada seis meses.

Columbia se destaca por ser a primeira universidade a negociar um acordo sobre alegações de antissemitismo. Em um contexto similar, Harvard, que entrou com uma ação contra o governo em busca da restauração de verbas, também está em negociações para recuperar seu financiamento federal. O precedente criado pelo acordo firmado pela universidade de Columbia pode servir de modelo para a resolução de conflitos futuros entre instituições de ensino superior e o governo.

Desavenças Entre Trump e Harvard se Intensificam

A relação entre Donald Trump e Harvard se tornou ainda mais tensa com o congelamento de cerca de US$ 3,2 bilhões em bolsas e contratos destinados à universidade, além da tentativa do governo de barrar a matrícula de estudantes internacionais. Trump criticou Harvard por sua suposta lentidão em atender às solicitações de informações sobre listas de alunos estrangeiros.

Estudantes internacionais representam uma parcela significativa do corpo discente da universidade, sendo essenciais para sua saúde acadêmica e financeira. Em uma declaração contundente, Trump afirmou: “O melhor que Harvard tem a seu favor é que eles conseguiram encontrar o juiz adequado para sua causa. Mas não se preocupem, no final, o governo vencerá”.

Conflito nos Tribunais

Atualmente, Harvard está batalhando em um tribunal federal em Boston para reverter a suspensão de bolsas e contratos que foram congelados ou revogados pela administração Trump. Entretanto, ao optar por um acordo com a Casa Branca, Columbia se arrisca a desafiar os limites da independência que caracteriza as universidades privadas, além de validar a estratégia do governo de usar o financiamento de pesquisa como uma ferramenta de controle sobre as instituições acadêmicas.

Em 7 de março, o governo Trump já havia anunciado a revogação de US$ 400 milhões em bolsas e contratos destinados à Columbia, a qual foi a primeira a sofrer essa punição devido a supostas falhas em proteger seus estudantes judeus contra assédio. Outras instituições, incluindo Harvard, Cornell e Northwestern, logo se tornaram alvos de ações semelhantes.

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