Uma Conquista Marcante e Histórica

“Ilhéus agora pode comemorar um título.” Essa frase ecoou em todos os cantos da Bahia em 2006, quando o Colo-Colo escreveu seu nome na história do Campeonato Baiano. Sob a direção do técnico Ferreira, o time do sul da Bahia pôs fim a um jejum que perdurava há 37 anos, rompendo a dupla hegemonia de Bahia e Vitória no estadual e levando para casa a 102ª edição da competição.

Esse feito icônico no esporte baiano inicia uma série especial do Bahia Notícias, que irá revisitar clubes que marcaram época, cativaram torcedores e deixaram suas marcas nos estádios da Bahia.

Os Melhores Momentos do Colo-Colo

O torneio de 2006 foi disputado por 12 equipes: Bahia, Vitória, Colo-Colo, Atlético de Alagoinhas, Juazeiro, Poções, Itabuna, Ipitanga, Fluminense de Feira, Catuense, Camaçari e Camaçariense. Considerada uma das edições mais equilibradas da história, a competição viu Bahia e Vitória passando por um momento turbulento, ambos envolvidos na disputa da Série C do Campeonato Brasileiro, enquanto Colo-Colo e Ipitanga se destacavam. Nesse cenário convidativo, o Tigre se firmava como o favorito do interior.

Uma Campanha Impressionante desde o Início

No primeiro turno, o Colo-Colo integrou o Grupo 1, enfrentando times como Fluminense, Bahia, Catuense, Camaçari e Poções. A equipe ilheense começou sua jornada com um empate em 1 a 1 contra o Vitória em Salvador. A partir daí, seus resultados foram impressionantes: 24 pontos em 12 jogos, com sete vitórias, três empates e duas derrotas.

Nas quartas de final, o time eliminou a Catuense ao vencer por 2 a 1 em casa, apesar da derrota por 3 a 2 no jogo de volta, avançando por conta da melhor campanha. Nas semifinais, empatou duas vezes com o Bahia (2 a 2 na Fonte Nova e 0 a 0 no Mário Pessoa) e, novamente, passou pelo critério técnico. Na decisão do turno, o Colo-Colo enfrentou o Vitória, onde empatou 1 a 1 na ida e conquistou a vitória por 1 a 0 no Barradão, garantindo o título da primeira fase.

Domínio na Segunda Metade do Campeonato

A trajetória gloriosa continuou no segundo turno, onde o Colo-Colo somou mais 18 pontos, com cinco vitórias, três empates e duas derrotas. Nas quartas, venceu o Juazeiro por 2 a 0 em casa e 1 a 0 fora. Nas semifinais, empatou com o Ipitanga em 1 a 1 e garantiu seu lugar na final ao vencer por 3 a 2 no jogo decisivo.

Na grande final, a equipe novamente se encontrou com o Vitória. Em um duelo emocionante, o Colo-Colo saiu vitorioso, vencendo por 4 a 3 no Mário Pessoa e 4 a 2 no Barradão, coroando-se campeão estadual de forma invicta nas finais.

A equipe treinada por Ferreira formava-se em um sistema 3-6-1, com jogadores como Marcelo, Lima, Tiago e Rodrigo; e Sandro, Wescley, Jânio, Juninho, Alex e Gil, além de Edinei.

Do outro lado, o Vitória, sob o comando de Arturzinho, contava com jovens talentos que mais tarde brilharam no cenário nacional e internacional, como David Luiz e Marcelo Moreno, jogando no esquema 4-4-2.

Desafios Posteriores e Tentativas de Retorno

Ao longo dos anos seguintes, o Colo-Colo enfrentou dificuldades, acumulando campanhas frustrantes entre 2007 e 2011, resultando em seu rebaixamento para a Série B do Baiano. Em 2014, o time retornou à elite após vencer a segunda divisão, mas não conseguiu se manter, sendo rebaixado novamente em 2016. O mais recente retorno à Primeira Divisão ocorreu em 2025, após a conquista da Série B, mas, infelizmente, a equipe não conseguiu evitar outro rebaixamento no mesmo ano.

Rumo a Novos Desafios

Com o intuito de recuperar seu destaque no cenário futebolístico, o Colo-Colo decidiu transformar seu departamento de futebol em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), com o objetivo de atrair investidores e reescrever sua história. A diretoria está em busca de novos parceiros que queiram ajudar a equipe de Ilhéus a voltar a desafiar as grandes forças do futebol baiano, assim como fez em um passado recente.

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