Repercussões e Reações entre Artistas

A recente decisão de cancelar o talk-show Jimmy Kimmel Live! por tempo indeterminado gerou um forte descontentamento entre artistas de diversas áreas nos Estados Unidos. O anúncio da suspensão ocorreu após o apresentador fazer comentários polêmicos sobre a morte do ativista conservador Charlie Kirk, o que levou a uma onda de reações nas redes sociais.

Entre os que se manifestaram, o ator e comediante Ben Stiller expressou sua indignação no X, antigo Twitter, compartilhando uma reportagem sobre o cancelamento do programa. “Isso não está certo”, escreveu Stiller, demonstrando preocupação com a censura. A atriz Jean Smart, também vencedora do Emmy, usou sua conta no Instagram para compartilhar seu horror diante do ocorrido. “O que Jimmy disse foi liberdade de expressão, não discurso de ódio. As pessoas parecem querer proteger a liberdade de expressão apenas quando isso convém à sua agenda”, destacou.

Wanda Sykes, que estava agendada para o programa na próxima quarta-feira, também fez questão de comentar a situação, fazendo alusões ao presidente Trump. “Vamos ver. Ele não acabou com a guerra na Ucrânia nem resolveu a questão de Gaza na primeira semana, mas conseguiu acabar com a liberdade de expressão no primeiro ano. Para aqueles que rezam, agora é a hora de fazer isso. Amo você, Jimmy”, declarou Sykes, em tom de ironia.

O comediante Mike Birbiglia se juntou ao coro de vozes que pedem pela continuidade do programa. “Passei muito tempo defendendo comediantes com os quais eu não concordo. Se você é um comediante e não destaca a insanidade que é tirar o programa do Kimmel do ar, nem tente falar sobre liberdade de expressão depois”, enfatizou Birbiglia. O comentarista Chris Hayes também se manifestou, descrevendo a decisão como um “ataque à liberdade de expressão”. Ele afirmou: “Este é o ataque mais direto à liberdade de expressão por parte de agentes estatais que já vi em minha vida”.

A atriz Sophia Bush também fez ecoar suas preocupações, afirmando: “A Primeira Emenda não existe mais na América. Ponto final. O fascismo está aqui e é assustador”.

Contexto do Cancelamento do Programa

O talk-show Jimmy Kimmel Live! foi retirado da programação da ABC após declarações controversas do apresentador durante seu monólogo. A decisão foi anunciada no dia 17 de setembro, apenas dois dias após Kimmel fazer insinuações sobre o suspeito de assassinar Charlie Kirk.

Durante a abertura, Kimmel insinuou que Tyler Robinson, o acusado, possuía características típicas de um apoiador de Donald Trump. Essa afirmação gerou uma onda de críticas, num momento de clima político tenso. “A turma do MAGA está desesperada para caracterizar esse garoto que matou Charlie Kirk como qualquer coisa que não seja um deles”, ironizou o humorista, que também se referiu à reação do ex-presidente Trump em relação à morte de Kirk, afirmando: “Entre uma acusação e outra, também houve luto”. Imagens do presidente reagindo à situação foram mostradas durante o monólogo.

A resposta à declaração de Kimmel foi rápida. Brendan Carr, presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), fez um apelo para que as afiliadas da ABC interrompessem a transmissão do programa, ameaçando tomar medidas legais contra a emissora e sua controladora, a Disney. Em paralelo, Andrew Alford, executivo da Nexstar, descreveu os comentários de Kimmel como “ofensivos e insensíveis”.

Trump, por sua vez, comemorou publicamente a suspensão do talk-show, chamando-a de “uma vitória contra a manipulação política”. Essa situação levantou um debate acirrado sobre os limites da liberdade de expressão e a censura, evidenciando as tensões políticas atuais nos Estados Unidos.

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