humor e Polêmica na CazéTV

A CazéTV, canal de streaming criado pelo influenciador Casimiro Miguel, gerou controvérsia ao satirizar rumores sobre sua suposta ligação com a Rede Globo e ao ironizar a operação da Polícia Federal (PF) na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. Durante o quadro ao vivo “Copazona”, realizado no último sábado (19/7), o humorista Marcelo Adnet fez uma abordagem divertida sobre o assunto, afirmando que os estúdios do programa foram “invadidos” por agentes da PF.

“Tivemos uma batida aqui. A Polícia Federal entrou e encontrou no banheiro do Cazé um pen drive que será aberto aqui ao vivo e que revelará quem é a verdadeira dona da Cazé TV. Dica: começa com ‘plim’ e acaba com ‘plim’”, declarou o humorista, fazendo referência ao famoso bordão da Globo.

Em seguida, Adnet também criticou as medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, a Bolsonaro, como a obrigatoriedade de uso de tornozeleira eletrônica. “Aqui está nossa repórter reborn, que está impedida de se manifestar porque está com a tornozeleirinha. Acabou fazendo besteirinha. Vou até tirar o microfone dela”, brincou.

Outro participante do programa, em tom jocoso, comentou que a repórter não deveria nem estar ali naquele horário, mencionando que Bolsonaro deve estar em casa a partir das 19h devido a uma das restrições imposta pelo tribunal.

Boicote nas Redes Sociais

A reação das redes sociais não demorou a chegar após a transmissão. Militantes de direita começaram a se mobilizar, solicitando o boicote ao canal. “Já cancelei minha inscrição na Cazé TV. Não financio canal que virou palanque pra lacração barata e deboche contra quem defende o Brasil. Querem audiência? Vão ter é boicote”, manifestou Diego Muguet em sua conta no Twitter.

Outro influenciador acrescentou: “Quem lacra não lucra”, reforçando a ideia de que a abordagem humorística poderia prejudicar a audiência do canal.

Contexto da Operação contra Bolsonaro

O desdobramento que gerou a piada surgiu a partir de uma operação realizada pela Polícia Federal na sexta-feira (18/7), no âmbito de um inquérito que investiga alegações de coação e obstrução de justiça por parte de Bolsonaro e seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro. A Procuradoria-Geral da República (PGR) argumenta que Eduardo, com o apoio do pai, “vem, reiterada e publicamente, afirmando que está se dedicando a conseguir do governo dos Estados Unidos a imposição de sanções contra integrantes do Supremo Tribunal Federal, da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal”.

Essas declarações de Eduardo, segundo a PGR, estão no centro das investigações que culminaram na operação da PF, que foi amplamente coberta pela mídia e debatida nas redes sociais, gerando reações diversas, tanto de apoio como de crítica, refletindo a polarização atual na política brasileira.

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