O vereador do Rio de Janeiro e candidato à reeleição, Carlos Bolsonaro, do PL, teve uma conversa telefônica com Pablo Marçal, ex-coach e atual candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, na noite desta quarta-feira, 28. Este diálogo representa um importante sinal de reaproximação entre influentes figuras da direita brasileira, especialmente em um contexto político marcado por tensões e polarizações. Em um post em sua conta no X, anteriormente conhecido como Twitter, Carlos compartilhou sua satisfação com a conversa e descreveu Marçal como “educado e bacana”. Ele enfatizou que, durante o diálogo, foi possível expor diferentes pontos de vista e expressar a alegria em perceber que ambos estão alinhados em suas intenções para o futuro do Brasil.
Os tópicos discutidos durante a chamada incluíram questões relevantes como as comemorações do 7 de setembro, a censura e os múltiplos desafios que o país enfrenta. Carlos Bolsonaro fez questão de destacar que não está sendo criado um gabinete focado em qualquer ação específica e reiterou que tanto ele quanto Marçal enfrentam cobranças naturais, originárias do envolvimento em um caminho político que tem gerado muitas discussões na sociedade. A necessidade de diálogo e entendimento entre os representantes da direita, segundo Carlos, é crucial para avançar em suas missões políticas.
A reaproximação entre Pablo Marçal e a ala bolsonarista acontece em um cenário político competitivo, especialmente após uma pesquisa da Quaest que revelou um empate triplo nas intenções de voto para a Prefeitura de São Paulo. O deputado federal Guilherme Boulos, do PSOL, lidera a pesquisa com 22% das menções, enquanto Marçal e o atual prefeito Ricardo Nunes, do MDB, estão empatados numericamente, ambos com 19%, o que indica um acirrado disputo eleitoral. A margem de erro da pesquisa, de três pontos percentuais, coloca os três candidatos em uma posição de empate técnico, refletindo o clima tenso e competitivo que caracteriza o momento.
Em uma entrevista ao Flow Podcast, também realizada na quarta-feira, Marçal revelou que a mediação da ligação entre ele e Carlos foi feita pelo deputado federal Nikolas Ferreira, também do PL. Marçal relatou que esta foi a primeira vez que se comunicou com Carlos por telefone e que, após uma sugestão de Nikolas, a conversa se concretizou. “Ajustamos nossos pontos de vista e agora está tudo resolvido”, affirmou o ex-coach.
Nikolas Ferreira, confirmando a informação em suas redes sociais, destacou a importância de resolver conflitos desnecessários, enfatizando que a atenção deve estar voltada para o verdadeiro opositor, que, segundo ele, é a esquerda. Ele fez um apelo para que São Paulo e outras capitais do Brasil escolham candidatos que, de fato, fortaleçam a nação e tragam benefícios concretos para os brasileiros.
Carlos Bolsonaro encerrou seu post nas redes sociais enviando um “fraterno abraço” a Pablo Marçal, expressando esperança na união e fortalecimento de todos na busca por um Brasil que atenda às aspirações do povo. Essa reaproximação é especialmente relevante considerando o contexto anterior, onde o vereador carioca havia expressado, em um vídeo no Instagram, que consideraria Marina Helena, candidata do Novo, como uma opção de voto, levando Marçal a desferir ataques pesados, chamando Carlos de “retardado mental” e “imbecil”.
Além disso, Jair Bolsonaro, ex-presidente e figura emblemática da direita no Brasil, também fez um aceno a Pablo Marçal na mesma data. Em uma publicação no perfil do deputado federal Eduardo Bolsonaro, o ex-mandatário ressaltou que as manifestações programadas para o dia 7 de setembro são de natureza suprapartidária. “Como um candidato à prefeitura, ele estava autorizado a comparecer, assim como qualquer outro candidato da capital”, afirmou o ex-presidente, reforçando a ideia de colaboração entre os candidatos em busca de um objetivo maior, que é a defesa dos interesses do Brasil e dos brasileiros.
Este momento de reaproximação entre Carlos Bolsonaro e Pablo Marçal indica uma estratégia clara de união das forças da direita, visando reforçar suas bases e ampliar sua influência no cenário político, principalmente em tempos de eleição, onde o apoio mútuo pode se tornar um diferencial significativo.