A eleição municipal de Ilhéus, localizada no sul da Bahia, se apresenta como um cenário dinâmico e competitivo, com cinco candidatos disputando a vaga de prefeito e um vasto número de 383 postulantes à Câmara Municipal. Esses dados foram atualizados na última segunda-feira (16) pelo site Bahia Notícias, com informações coletadas da plataforma DivulgaCand, mantida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Entre os candidatos para a administração municipal de Ilhéus, destacam-se adélia Pinheiro pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Bento Lima representando o PSD, Valderico Júnior do União Brasil, além de Coronel Resende, que concorre pelo PL. Esse amplo leque de candidaturas promete trazer um acirrado debate político no município.

A disputa entre as legendas PT e PSD torna-se particularmente interessante, uma vez que, apesar de serem aliados em nível estadual, no âmbito municipal elas se confrontam diretamente pela prefeitura. Essa rivalidade foi intensificada pela recente indicação de Bento Lima, ex-secretário municipal de Gestão e Inovação, pelo atual prefeito Mário Alexandre, conhecido como Marão, que é do PSD. Marão conta com o respaldo do senador Otto Alencar para consolidar sua estratégia eleitoral. Em contrapartida, o PT, buscando fortalecer sua posição na cidade, lançou a candidatura de adélia Pinheiro, ex-secretária de Educação do estado, que conta com o apoio do atual governador Jerônimo Rodrigues.

O atual prefeito se manifestou em várias ocasiões sobre a importância de manter a administração municipal sob o comando do seu partido, desejando a continuidade do trabalho realizado até então. Esta escolha promoveu uma ruptura com o discurso de união que o PT estava tentando estabelecer, em torno da candidatura de adélia. Mesmo havendo conversas sobre a criação de uma chapa unificada, essa união nunca se concretizou, evidenciando as tensões e os desafios que permeiam a política local.

Nas movimentações políticas anteriores à campanha, em abril deste ano, um levantamento indicou que o vice-prefeito Bebeto Galvão, do PSB, era um pré-candidato à sucessão de Mário Alexandre. Contudo, Bebeto expressou seu descontentamento com a gestão atual, especialmente por questões ligadas a um suposto acordo firmado em 2020, quando se esperava que ele fosse escolhido como sucessor do atual prefeito.

O cenário oposicionista também apresenta figuras conhecidas, como Jabes Ribeiro, um ex-prefeito que já ocupou o cargo em quatro mandatos desde os anos 1990. No entanto, seu nome acabou cedendo espaço para Valderico Júnior, do União Brasil, que se destacou na eleição anterior, obtendo o segundo lugar.

Das mudanças na política local, Carlos Augusto Cardoso da Silva, conhecido como Augustão, foi outro nome a mudar de partido, saindo do PT e se unindo ao PDT. Ele, que não conseguiu consolidar sua candidatura, acabou aceitando o papel de vice-prefeito na chapa encabeçada por adélia Pinheiro.

Por outro lado, Jerbson Moraes, ex-presidente da Câmara de Ilhéus e o vereador mais votado em 2020, também foi um dos que se afastou da base aliada e se direcionou à oposição, posteriormente não conseguindo alavancar sua candidatura. Outro nome que estava em pauta, Wanessa Gedeon, do Novo, inicialmente considerada inapta pelo TSE, conseguiu regularizar sua situação e agora integra a chapa como vice de Valderico Júnior.

Com um número expressivo de candidatos e um ambiente político carregado de expectativas, a eleição municipal de Ilhéus promete ser um importante termômetro não apenas para as direções locais, mas também para as relações entre os partidos em nível estadual. A mobilização em torno das campanhas e o envolvimento da população são fundamentais para decidir quem assumirá a liderança de uma cidade com cerca de 14.850.513 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A proximidade das eleições instiga a curiosidade e a participação dos munícipes, que já começam a manifestar suas preferências e anseios sobre o futuro da administração pública local.

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