O trágico assassinato do candidato a vereador de Nova Iguaçu, João Fernandes Teixeira Filho, popularmente conhecido como Joãozinho Fernandes, chocou a comunidade da Baixada Fluminense. Aos 48 anos, Joãozinho era um nome em ascensão no cenário político local e preparava-se para concorrer às eleições municipais deste ano pelo partido Avante. O crime ocorreu na noite da última terça-feira, 24 de setembro, na Rua São Jorge, no bairro Cacuia. O momento fatídico se deu cerca de uma hora após ele ter compartilhado em suas redes sociais imagens de uma caminhada na cidade, uma ação que visava promover sua candidatura e fortalecer sua imagem pública.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) assumiu a investigação do caso, buscando entender os motivos por trás desse ato violento e identificar os responsáveis. Infelizmente, a morte de Joãozinho não foi o único resultado da tragédia; duas outras pessoas também foram atingidas pelos disparos e, felizmente, estão recebendo atendimento médico. Célia Regina da Silva Faria, de 64 anos, foi ferida no ombro esquerdo, enquanto Joilma Melo de Oliveira, de 52 anos, sofreu um tiro na região dorsal. Ambas foram prontamente encaminhadas para o Hospital da Posse, onde a equipe médica se empenhou no tratamento.
De acordo com informações do hospital, Célia Regina foi medicada e recebeu alta na madrugada de quarta-feira, 25 de setembro. Joilma, por sua vez, passou por uma cirurgia de emergência e, segundo a equipe médica, seu estado de saúde é considerado estável no momento, permitindo que a família e amigos celebrem a recuperação da paciente após um momento tão delicado.
Esse episódio de violência é parte de um preocupante panorama na Baixada Fluminense. Recentemente, outras figuras ligadas à política local também se tornaram vítimas de ataques armados. No dia 13 de setembro, Jean Paulo Figueiredo de Araújo, de 30 anos, assessor do vereador Rogério Gomes Castro, foi assassinado em Japeri. O ataque ocorreu enquanto Jean estava dentro do carro com sua esposa e seu filho de apenas dois anos. O caso, que se desenrolou na Rua Canastra, gerou alarme na comunidade, pois expôs não apenas a fragilidade da segurança pública, mas também o impacto da violência na vida familiar.
Além de Jean, sua esposa, Laura Lopes Boechat, e a filha do casal, também foram feridas no ataque e foram levadas ao Hospital da Posse, destacando a vulnerabilidade de figuras políticas e suas famílias em um ambiente tão hostil. Esses incidentes não são isolados. Em junho, o assessor da Prefeitura de Duque de Caxias, Michel Laeber Estevão, conhecido como Xexéu, foi assassinado em frente à sua casa, levantando questões sobre a segurança de trabalhadores públicos.
No mesmo mês, Livercino Marcelino dos Santos, 49 anos, conhecido como Lili da Kombi e pré-candidato a vereador de Guapimirim, também foi vítima da violência em Magé. Outro caso alarmante foi o de Juliana Lira de Souza Silva, de 44 anos, que perdeu a vida em um ataque junto com seu filho no bairro Comary. A Baixada Fluminense tem testemunhado uma onda de violência que atinge não apenas candidatos, mas também suas famílias e entes queridos. Em uma reviravolta ainda mais chocante, dois filhos da pré-candidata a vereadora Shirley Marinho foram assassinados em Seropédica, refletindo um cenário de insegurança alarmante.
Esses crimes estão sob investigação da Polícia Civil, que está analisando cada caso separadamente. A complexidade das investigações levanta a questão se há, de fato, uma conexão entre esses assassinatos e se eles podem estar relacionados a rivalidades políticas ou a um cenário de violência mais amplo que afeta a região. É essencial que a segurança dos cidadãos e a integridade do processo democrático sejam preservadas. As autoridades locais precisam intensificar os esforços para garantir a proteção de candidatos e seus apoiadores, a fim de restaurar a confiança da população e permitir que a democracia em Nova Iguaçu e na Baixada Fluminense possa florescer sem o temor da violência. A luta pela segurança e pela verdade deve ser uma prioridade em meio a essa tragédia, buscando não só punir os responsáveis, mas também prevenir que tais atos brutais se repitam no futuro.