**são paulo — Debate Municipal: boulos Critica Proposta de Redução das Discussões para o 2º Turno das Eleições**
Na última segunda-feira, 7 de outubro, Guilherme boulos, representante do PSol, expressou com veemência sua oposição à proposta de reduzir o número de debates para apenas três durante o 2º turno das eleições para a Prefeitura de são paulo. Segundo boulos, essa sugestão evidencia um receio por parte de Ricardo nunes, candidato do MDB, que, após receber um total de 12 convites para debates, agora propõe essa diminuição significativa. Para o candidato do PSol, limitar o diálogo democrático a apenas três ocasiões é insuficiente para que a população paulista possa fazer uma escolha informada e consciente.
boulos argumentou que, apesar de estar disposto a negociar a quantidade de debates com os veículos de comunicação, incluindo emissoras de TV, rádios e jornais — reduzindo de 12 para 9 ou até 8 — três encontros são muito poucos para discutir as questões relevantes que afetam são paulo e seus cidadãos. O psolista enfatizou que a proposta de nunes reflete uma tentativa de esquivar-se de discussões essenciais. Ele afirmou que o candidato do MDB “quer fugir do debate” por não ter uma posição firme sobre temas importantes, além de enfrentar diversas controvérsias em sua trajetória política.
Além disso, boulos fez um alerta sobre a fragilidade de nunes ao ser confrontado com a realidade da capital paulista, que vai muito além da “propaganda mentirosa” veiculada em sua campanha. Para o candidato, essa incapacidade de responder adequadamente às questionamentos levanta ainda mais dúvidas sobre a preparação de nunes para o cargo.
Paralelamente, a equipe de campanha de Ricardo nunes argumentou que ao limitar o número de debates, seria possível desenvolver uma “campanha mais propositiva e atenta às necessidades da população de são paulo“. Essa justificativa, entretanto, não convenceu boulos, que continua a defender a importância do intercâmbio de ideias e a necessidade de debates mais frequentes.
Os debates até agora realizados foram marcados por um alto nível de tensão e confrontos. Desde o início da campanha, até o último domingo, 6 de outubro, 11 encontros foram promovidos, caracterizados por agressividade e episódios de violências, tanto verbais quanto físicas. O debate mais intenso ocorreu no dia 15 de setembro, quando marçal agrediu diretamente Datena, fazendo uma referência a uma acusação de assédio que o apresentador enfrentou. Essa provocação culminou em um altercação física, onde Datena deixou seu posto e atacou marçal com uma cadeira, resultando na expulsão do tucano do evento e levando o influenciador a receber atendimento médico devido a um traumatismo.
Os números não mentem: uma pesquisa da quaest, divulgada em 24 de setembro, revelou que 81% dos eleitores consideraram os debates deste ano de “baixo nível”, o que representa uma insatisfação significativa entre o eleitorado em relação à qualidade das discussões. Somente 7% avaliaram as trocas de ideias como de “alto nível”, enquanto 4% ficaram em cima do muro, considerando que o nível não era nem alto, nem baixo. Ademais, 8% dos entrevistados se mostraram indecisos ou não quiseram opinar.
Diante desse cenário, a proposta de reduzir o número de debates levanta questões cruciais sobre a transparência e a disposição dos candidatos em enfrentar os desafios que a cidade de são paulo enfrenta. O debate democrático é fundamental para que os eleitores se sintam seguros e informados sobre suas escolhas nas urnas. À medida que a campanha avança, as ações e posturas dos candidatos serão cada vez mais scrutinadas pela população, que busca líderes comprometidos com a verdade e com o progresso da capital paulista. Com um forte foco nas questões que realmente importam para o futuro da cidade, é essencial que a liberdade de expressão e o confronto de ideias sejam resguardados, para garantir uma democracia saudável e participativa.