Crise nos Hospitais de Gaza
O Ministério da saúde da Palestina anunciou, nesta terça-feira (22/7), que seis hospitais na Faixa de Gaza suspenderão suas atividades devido à falta de combustível. Essa situação crítica surge em meio ao bloqueio imposto por Israel, que tem impedido a entrada de suprimentos essenciais, incluindo combustível, que é necessário para o funcionamento das unidades de saúde. Entre as instituições afetadas estão o Hospital de Serviço Público e a Estação Central de Oxigênio, cuja operação é vital para atender pacientes em necessidade urgente.
No comunicado oficial, o Ministério afirmou que, caso a situação não se altere, “os demais hospitais fecharão em apenas 48 horas”. Essa medida reflete a gravidade da crise humanitária que a região enfrenta, exacerbada pelos constantes conflitos e pela escassez de recursos básicos.
Conflito em Escalada
A guerra em Gaza tem sido marcada por intensas ofensivas israelenses, que visam alvos do grupo Hamas. Recentemente, o governo israelense emitiu uma ordem de evacuação para uma área do centro da Faixa de Gaza, expandindo suas operações militares para regiões onde ainda não havia mobilização de suas tropas. Tais ações têm gerado um aumento significativo no número de vítimas entre os civis palestinos.
Segundo relatos da defesa civil local, as forças israelenses dispararam contra palestinos que buscavam ajuda humanitária, resultando em 93 mortes e várias dezenas de feridos, de acordo com a cobertura da imprensa internacional. Essas agressões não apenas agravam a situação de emergência, mas também criam um ciclo de violência que afeta profundamente a população local.
Situação Humanitária Alarmante
A desnutrição na Faixa de Gaza alcançou níveis alarmantes, conforme alertou a Agência das Nações Unidas (ONU). O acesso a ajuda humanitária continua extremamente limitado, contribuindo para o aumento da crise alimentar. Nas últimas 24 horas, 15 palestinos morreram devido à fome, evidenciando a urgência da situação.
Em suas redes sociais, o Ministério da saúde palestino divulgou uma lista de unidades que suspenderão seus serviços em breve, incluindo o Hospital de Serviço Público, a Estação Central de Oxigênio, a Clínica Al-Salam, a Clínica Al-Shati, o Centro Médico Al-Jalaa e o Centro Médico Haidar Abdel Shafi. A nota enfatiza que “devido à insistência da ocupação em impedir que a Organização Mundial da saúde forneça combustível e suprimentos médicos, as unidades hospitalares estão à beira de um colapso total”.
As autoridades palestinas destacam que a ocupação israelense está atacando “o que resta do sistema de saúde”, ao continuar a bloquear o fornecimento de combustível e outros insumos necessários para o atendimento médico.