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    Início » Desmistificando a Biofábrica no Paraná: Falso Relato Sobre Mosquitos Geneticamente Modificados
    Saúde

    Desmistificando a Biofábrica no Paraná: Falso Relato Sobre Mosquitos Geneticamente Modificados

    06/08/2025
    Imagem do artigo
    Investigação revela a verdade por trás das alegações sobre a biofábrica de mosquitos no Paraná.

    Fatos e Falsidades Sobre a Biofábrica de mosquitos

    Recentemente, um vídeo que circulou nas redes sociais gerou grande alvoroço ao afirmar que uma biofábrica no Paraná estaria produzindo mosquitos geneticamente modificados, supostamente com a participação do bilionário Bill Gates. Contudo, uma investigação do Estadão Verifica apurou que essa informação é absolutamente falsa. A biofábrica Wolbito do Brasil, na verdade, foi estabelecida por meio de uma colaboração entre o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e o World Mosquito Program (WMP). O que realmente acontece é que a fábrica infunde ovos do mosquito Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que impede a multiplicação de vírus como dengue, chikungunya e zika nos insetos. Em momento algum ocorre alteração do DNA dos mosquitos ou da própria bactéria.

    O vídeo que desencadeou a confusão e o medo entre os internautas afirmava que a iniciativa poderia ter consequências preocupantes. Um dos comentários dizia: ‘Não basta termos todos os problemas de saúde que temos, precisamos lidar com ISSO?’. Outro usuário acrescentou: ‘Já tentaram isso antes e deu ruim… Triplicou os casos de dengue‘. Além disso, muitos leitores entraram em contato pedindo a verificação da informação pelo WhatsApp.

    Esclarecendo a Biofábrica e seu Objetivo

    A fábrica de mosquitos do Paraná foi criada com a intenção de expandir o uso de uma estratégia eficaz contra a transmissão de arboviroses. O método utilizado, denominado Wolbachia, foi desenvolvido e já é aplicado no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A seguir, apresentamos uma checagem detalhada das afirmações enganosas que foram veiculadas no vídeo.

    Leia também: Combate à Dengue: DF Introduz Mosquitos Aedes Aegypti Infectados com Bactéria Wolbachia

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    A bactéria Wolbachia é uma presença natural em aproximadamente 60% dos insetos, incluindo borboletas, abelhas e algumas espécies de mosquitos. Importante ressaltar que ela não pode ser transmitida a seres humanos ou mamíferos. O Estadão Verifica não encontrou evidências de que essa bactéria tenha sido utilizada em estratégias militares, como sugerido. Ao contrário, seu uso é voltado para saúde pública.

    A Wolbito do Brasil afirmou: ‘A Wolbachia utilizada não apresenta riscos para a saúde humana, animal ou para o meio ambiente, como demonstram diversos estudos científicos’. A empresa também enfatizou que a bactéria não foi criada em laboratório e não envolve qualquer tipo de modificação genética.

    Como a Wolbachia Funciona no Combate às Arboviroses

    A função da Wolbachia é impedir que vírus como dengue, zika e chikungunya se desenvolvam nos mosquitos. Como essa bactéria não está naturalmente presente na população de Aedes aegypti, os pesquisadores a introduzem em laboratório, infectando os ovos dos mosquitos. Dessa forma, os mosquitos contaminados se reproduzem com os que já existem na natureza, transmitindo a bactéria para as próximas gerações e, consequentemente, diminuindo a transmissão dessas doenças.

    Leia também: Combate à Dengue: DF Introduz Mosquitos Aedes Aegypti Infectados com Bactéria Wolbachia

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    A eficácia desse método já foi comprovada em várias localidades. Niterói, no Rio de Janeiro, foi a primeira cidade a implementar a estratégia de maneira abrangente e, segundo a WMP, teve uma redução significativa no número de casos de dengue, registrando o menor índice em mais de 20 anos. Entre 2020 e 2023, apenas 326 casos foram contabilizados, com estudos demonstrando que até 97% dos mosquitos Aedes aegypti se mantiveram com a presença da Wolbachia oito anos após o início das liberações.

    Expansão da Técnica e Resultados Promissores

    Em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, o projeto teve início em 2020 e está previsto para ser concluído em 2024. A iniciativa abrange seis fases, que alcançaram 74 bairros e impactaram mais de 900 mil moradores. O investimento na estratégia está se mostrando financeiramente viável, com o Ministério da Saúde apontando que a cada R$ 1 aplicado, há uma economia potencial de até R$ 500 em gastos com tratamentos e internações.

    Atualmente, cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Londrina, Joinville e Brasília também estão utilizando o Método Wolbachia. Até o final deste ano, novos estudos sobre os resultados nas cidades de Belo Horizonte e Campo Grande devem ser divulgados.

    Desmistificando o Envolvimento de Bill Gates

    Contrário ao que foi sugerido no vídeo, a biofábrica Wolbito do Brasil não tem qualquer relação com Bill Gates. Esta biofábrica é fruto de uma parceria entre o IBMP e o WMP, uma iniciativa sem fins lucrativos da Monash University, na Austrália. A Wolbito também negou qualquer vínculo com a Oxitec, uma empresa britânica que trabalha com mosquitos geneticamente modificados, conhecida pelo projeto Aedes do Bem. É fundamental esclarecer que não existe qualquer conexão comercial, técnica ou institucional entre as duas empresas.

    A divulgação de informações incorretas pode gerar pânico desnecessário. A população deve ser informada sobre os avanços nas estratégias de controle de doenças, sem cair em boatos que distorcem a verdade.

    Bill Gates biofábrica dengue mosquitos Wolbachia
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