Alcolumbre Reage Firmemente às Pressões
Nesta quarta-feira, Davi Alcolumbre, presidente do Senado pelo União Brasil do Amapá, elevou o tom de sua fala ao afirmar que não aceitará qualquer tipo de “chantagem” vinda da oposição, especialmente aquela associada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que protestou pela prisão domiciliar do ex-chefe do Executivo. A declaração foi feita durante uma reunião do colégio de líderes na Residência Oficial do Senado.
Alcolumbre determinou que o local onde os opositores se encontravam deve ser desocupado a partir da próxima segunda-feira. Ele também convocou uma sessão virtual marcada para quinta-feira, onde será discutido um projeto de lei que visa isentar o Imposto de Renda para aqueles que recebem até dois salários mínimos. O senador enfatizou que ignorará a obstrução da oposição em relação à votação.
Ademais, Alcolumbre mostrou-se inflexível sobre o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele reafirmou que a decisão sobre dar andamento ao processo de impeachment é uma prerrogativa “única e exclusiva” do presidente do Senado, reiterando que não abrirá mão dessa atribuição.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, do PT do Amapá, comentou sobre a posição do presidente, afirmando que “acatar um pedido de impeachment é uma decisão que deve ser tomada dentro da conveniência e com elementos que justifiquem isso. O presidente deixou claro que não se deixará submeter a pressões ou chantagens”.
Durante a reunião, alguns congressistas alegaram que apoiadores de Bolsonaro “sequestraram” o plenário. Alcolumbre, entretanto, não demonstrou disposição para ceder à pressão. O senador Cid Gomes, do PSB do Ceará, afirmou que, caso aqueles que se acorrentaram na mesa do plenário permaneçam no local, ele tomará medidas éticas contra os envolvidos, referindo-se diretamente a Magno Malta, do PL do Espírito Santo.
O encontro se prolongou por aproximadamente três horas, contando com a presença de apenas alguns membros da oposição, entre eles o líder Rogério Marinho, do PL do Rio Grande do Norte, que, um dia antes, havia solicitado uma “estatuária” e criticado a falta de diálogo com Alcolumbre. Após a reunião, opositores como Flávio Bolsonaro, do PL do Rio de Janeiro, chegaram à residência oficial, onde Alcolumbre manteve uma nova conversa exclusivamente com este grupo. No entanto, o presidente reiterou aos demais líderes sua postura inalterada, independente das reuniões adicionais.