Centro de Inteligência Focado na Segurança
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) anunciou nesta quinta-feira (4 de setembro) a instalação de um Centro de Inteligência com a finalidade de monitorar as festividades em comemoração à Independência do Brasil, celebrada no dia 7 de setembro. O foco, segundo a Abin, é adotar medidas preventivas para identificar potenciais ameaças e incidentes que possam comprometer o exercício pleno dos direitos fundamentais e a Segurança de autoridades e cidadãos envolvidos nas celebrações.
O Centro de Inteligência funcionará em Brasília e contará também com a colaboração das superintendências estaduais da Abin. O trabalho coordenado pela agência será realizado em sintonia com outros órgãos que compõem o Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin).
Além desta nova estrutura, a Abin atuará em conjunto com a Célula Integrada de Inteligência de Segurança Pública (CIISP), da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSPDF), reforçando a Segurança durante os eventos.
Mobilizações e Atos Programados
A celebração do Dia da Independência deste ano contará com diversas manifestações em várias regiões do Brasil. Os atos incluirão os tradicionais desfiles, mas também estão previstas mobilizações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e em defesa da soberania nacional, com a participação de grupos políticos alinhados à esquerda.
As manifestações em defesa de Bolsonaro ocorrem em um contexto delicado, marcado pelo julgamento do ex-presidente, que começou na terça-feira (2 de setembro) e deve se encerrar na sexta-feira (12 de setembro). Bolsonaro e mais sete réus, todos ligados ao seu núcleo próximo, enfrentam acusações relacionadas a uma suposta tentativa de golpe arquitetada para mantê-lo no poder após a derrota nas eleições de 2022 para o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O caso, que tramita na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), é formalizado na Ação Penal 2.668.
Em contrapartida, as manifestações voltadas à defesa da soberania do Brasil surgem em resposta às sanções impostas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Essas sanções incluem uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e a aplicação da Lei Magnitsky, que restringe o acesso a serviços financeiros para autoridades brasileiras, além da revogação de vistos.