O plano que envolveu a ameaça de assassinato de figuras políticas proeminentes como lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de moraes gerou uma intensa repercussão na mídia, marcada por uma série de reações simplistas e precipitadas de magistrados, além da demonização da direita, que frequentemente é retratada como uma facção golpista e violenta pela esquerda. Essa polarização revela um cenário preocupante onde a narrativa política se transforma em uma batalha de retóricas, em vez de um debate fundamentado sobre os fatos.
No contexto jurídico, é importante destacar que o Direito, com suas normas muitas vezes subestimadas, aponta que a mera cogitação de um crime, sem sua efetivação, não é passível de punição. Essa realidade é corroborada por advogados que, apesar da crescente escassez de profissionais comprometidos com a ética, destacam que a lei precisa ser respeitada. O foco, portanto, deve ser na busca de evidências que provem que os autores do planejamento de assassinatos não apenas formularam o plano, mas que também avançaram para a fase de execução.
Investigações realizadas pela Polícia Federal (PF) revelaram que, na noite de 15 de dezembro de 2022, aqueles que articulavam o plano tentaram sequestrar Alexandre de moraes, embora a operação tenha sido frustrada. Se o incidente for confirmado, mesmo com o cancelamento do sequestro, isso configuraria uma transgressão criminal, uma vez que a movimentação ultrapassa o mero estágio do planejamento e adentra na esfera da tentativa de execução de um crime.
Dois anos após esse evento, sem que novos fatos tenham surgido, a questão que se coloca é se os conspiradores do atentado, sendo eles quatro militares e um policial, deveriam ter suas prisões preventivas decretadas. A resposta clara é: não. No entanto, a singularidade do caso se acentua pelo fato de que uma das vítimas é também o juiz responsável pelo processo, o que levanta questionamentos sobre a imparcialidade e o seguimento das normas legais.
Adicionalmente, surge a indagação sobre a ausência de prisão do general Walter Braga Netto, cuja residência foi palco de reuniões para discutir os preparativos do plano. A justificativa para a não prisão do general sugere que a investigação ainda carece de aprofundamento. Por que, então, existe um critério diferente para ele em relação aos outros presos? Tal questionamento provoca inquietações sobre a aplicação da justiça neste contexto específico.
Os generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno Ribeiro estavam entre os que poderiam ter se beneficiado do plano. Com a eliminação de lula, Alckmin e moraes, existia a possibilidade de eles estabelecerem um gabinete de crise que sustentasse Jair bolsonaro na presidência. Esse cenário sugere que Augusto Heleno poderia ter conhecimento sobre os desdobramentos da trama.
Em relação a Jair bolsonaro, as evidências indicam que ele possivelmente estava ciente do plano, reforçando essa narrativa o fato de que documentos relacionados a essa articulação foram impressos no Palácio do Planalto por um dos conspiradores, o general Mário Fernandes, durante seu expediente. Posteriormente, esses documentos foram levados ao Palácio da Alvorada. As investigações sugerem que o ex-presidente pode estar profundamente implicado nesta conspiração, e que a controversa “minuta do golpe” pode estar interligada a esse esforço.
O ex-ajudante de ordens de bolsonaro, Mauro Cid, se destaca como um personagem chave nesta trama. Ele deverá depor novamente sobre sua versão dos fatos, uma vez que muitos detalhes importantes foram omitidos em seu acordo de delação. Os registros recuperados pela PF, que contemplam mensagens deletadas de seu celular, revelam um enredo mais complexo do que foi inicialmente apresentado.
Por fim, é importante considerar a razão de existirem inquéritos sigilosos e seus desdobramentos, bem como sua relação com o evento de 8 de janeiro, que muitos consideram uma tentativa de golpe. Contudo, a persecução de ações tidas como golpistas está enraizada na polarização política que estamos vivendo, onde a justiça e a mídia muitas vezes parecem ser instrumentos de uma agenda específica.
O atual cenário eleitoral, independentemente das circunstâncias envolvendo Jair bolsonaro, está desenhando um reflexo do que pode ocorrer em 2026, seguido do modelo americano para 2024: a esquerda se alinhando à Justiça e à mídia, enquanto a direita encontra apoio nas questões econômicas e na base eleitoral, criando um panorama complicado para o futuro político do brasil. Essa dinâmica continua a definir as relações de poder e a forma como os conflitos políticos são geridos no país.