Prisão em Taguatinga levanta questões sobre segurança e confiança na comunidade
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) efetuou a prisão de um líder religioso de 30 anos, acusado de abusar sexualmente de, pelo menos, três adolescentes em Brasília. A detenção aconteceu na tarde desta quarta-feira, primeiro de outubro, em Taguatinga, onde o homem residia.
As investigações iniciaram em julho deste ano, depois que a mãe de um garoto de 13 anos encontrou conversas de teor sexual entre seu filho e o acusado, o que a levou a denunciar o caso à polícia. Durante a apuração, o irmão do garoto revelou que também foi vítima do acusado em várias ocasiões, quando tinha 15 anos. Em uma das situações, ele estava com um amigo de 13 anos na casa do líder religioso, onde presenciou atos libidinosos entre a vítima e o criminoso.
De acordo com informações da PCDF, o autor da presepada era próximo da família, e a mãe dos meninos confiava nele devido ao seu papel como líder religioso. O estratagema do abusador incluía convidar os garotos para jogar videogame em sua casa, uma confiança que agora gera indignação e preocupação na comunidade local.
A operação que resultou na prisão do acusado foi nomeada “Game Over”, um nome que faz referência ao contexto dos videogames, que foram utilizados como isca para atrair as vítimas. As investigações revelaram que o criminoso estava em atividade desde 2019.
A PCDF informou que a investigação coletou evidências robustas que confirmaram as práticas criminosas, incluindo capturas de tela de conversas em aplicativos de mensagens e depoimentos consistentes das vítimas e testemunhas. “A investigação reuniu elementos que confirmaram a prática criminosa”, destacou a instituição em nota.
Durante seu depoimento, o suspeito admitiu ter realizado atos libidinosos com o garoto de 13 anos, que motivou a denúncia, mas negou as outras acusações a ele atribuídas. O caso levanta questões sérias sobre a confiança que a população deposita em líderes religiosos e a necessidade de vigilância em comunidades onde figuras de autoridade podem aproveitar de sua posição para cometer abusos.