Breve Encontro entre Trump e Lula Levanta Questões sobre a Situação do Ex-Presidente Brasileiro
Na abertura da Assembleia Geral da ONU, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dedicou uma parte significativa de seu tempo discorrendo sobre o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, mais do que o tempo efetivo que tiveram juntos. Trump afirmou que a reunião durou, na verdade, trinta e nove segundos, corrigindo uma estimativa inicial de vinte segundos. Essa peculiaridade revela bem seu estilo de comunicação: afirmar algo e, em seguida, retornar para ajustar suas palavras.
Trump não poupou críticas à própria ONU, afirmando que a organização “não serve para nada”. No entanto, logo em seguida, contradisse-se ao declarar que está apoiando a ONU “100%”. O presidente ainda mencionou que já teria encerrado sete guerras, mas se queixou que a ONU não expressou gratidão. Além disso, Trump sugeriu que as guerras em curso, como na Ucrânia e em Gaza, estão piorando por não estarem seguindo suas diretrizes: “Eu tenho razão em tudo”, declarou com convicção.
Durante seu discurso, Trump declarou que está “salvando o mundo das drogas” ao adotar medidas extremas contra traficantes. Ele também defendeu a produção de combustíveis fósseis, classificando a mudança climática como uma “fraude” criada por “gente estúpida”, referindo-se a ambientalistas que, conforme suas palavras, “querem matar todas as vacas”.
Em um ponto polêmico, Trump se comprometeu a ajudar a economia da Argentina com financiamento do contribuinte americano, elogiando o presidente Javier Milei por seu “trabalho fantástico”. No que se refere ao Brasil, ele afirmou que o país precisa cooperar com os Estados Unidos para encontrar uma saída para os desafios que enfrenta. Segundo Trump, o Brasil está sobrecarregado por tarifas elevadas devido à censura, corrupção judicial e repressão de críticos.
Esse cenário levanta uma questão pertinente: Trump realmente planeja intervir na situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta problemas legais? Essa possibilidade foi levantada por Trump ao justificar sanções ao Brasil, mencionando a prisão de Bolsonaro como um ponto de preocupação.
Sobre o breve encontro com Lula, Trump descreveu uma interação amigável, mencionando que ambos se abraçaram e conversaram sobre a realização de uma futura reunião, destacando que a “química” entre eles foi “excelente”. O presidente americano referiu-se a Lula como um “homem legal”, notando que, quando não gosta de alguém, isso é bem evidente.
Mas, e quanto a Jair Bolsonaro? A relação entre o ex-presidente brasileiro e a administração Trump continua a ser um enigma. Enquanto Trump parece ter aberto um canal amigável com Lula, o futuro de Bolsonaro sob a ótica americana parece incerto. As próximas semanas podem revelar mais sobre como os Estados Unidos pretendem se posicionar em relação ao Brasil e sua liderança.