Impactos Econômicos dos Fenômenos Meteorológicos
Neste verão, a Europa enfrentou uma série de eventos climáticos extremos, resultando em perdas significativas. De acordo com um estudo divulgado na segunda-feira (15/9) pela economista Sehrish Usman, da Universidade de Mannheim, na Alemanha, esses fenômenos estão se tornando cada vez mais frequentes e intensos devido ao aquecimento global. O total de danos financeiros gerados por ondas de calor, secas e inundações, entre outros, chegou a impressionantes 43 bilhões de euros, superando as previsões anteriores.
A pesquisa revelou que, entre junho e agosto de 2025, as consequências financeiras dos desastres climáticos na Europa podem alcançar a cifra de 43 bilhões de euros, e essa quantidade pode chegar a 126 bilhões de euros até 2029. “O impacto vai além da destruição imediata, refletindo na economia a longo prazo”, afirma Usman.
Consequências a Longo Prazo e Setores Afetados
Os pesquisadores não considerando apenas as perdas diretas, como a destruição de infraestrutura ou colheitas, mas também o impacto prolongado que essas catástrofes causam em diversos setores da sociedade. “Uma onda de calor, por exemplo, pode diminuir a produtividade dos trabalhadores e afetar vários aspectos, desde a saúde até o mercado de trabalho e o turismo”, explica a economista.
Com o cenário atual, os dados indicam que, até 2029, os custos totais relacionados aos desastres climáticos do verão de 2025 poderão atingir a cifra alarmante de 126 bilhões de euros. A escassez de produtos agrícolas, resultante das secas, pode, inclusive, provocar uma elevação significativa da inflação a médio e longo prazo.
Regiões Mais Afetadas e Previsões Futuras
Os países que mais sofreram com os efeitos do clima extremo incluem Espanha, França e Itália, cada um enfrentando perdas superiores a 10 bilhões de euros neste ano. As projeções sugerem que esse montante pode ultrapassar 30 bilhões nos próximos anos. Embora as nações da Europa Central e do Norte tenham apresentado danos menores, a ocorrência crescente de inundações nessas regiões nos últimos anos deve elevar os custos associados a distúrbios climáticos, conforme o estudo.
A Necessidade de Ações Imediatas
Os autores do estudo alertam que os números apresentados podem estar subestimados, uma vez que não consideram a inter-relação entre diferentes desastres, como ondas de calor e secas que, em muitos casos, acontecem simultaneamente. Além disso, as consequências das alterações climáticas, como incêndios, também não foram totalmente contabilizadas.
Este estudo serve como um forte lembrete de que os fenômenos climáticos extremos não são mais uma ameaça distante, mas uma realidade que já impacta diretamente o desenvolvimento econômico na Europa. Em resposta aos dados alarmantes, os pesquisadores fazem um chamado urgente à redução das emissões de gases de efeito estufa, enfatizando que ações imediatas são essenciais para mitigar as consequências futuras do aquecimento global.